Depois de um recesso e de muitas mudanças em minha vida (mudanças excelentes por sinal! Compartilharei com vocês depois...), o blog está de volta a todo vapor! Uhuuuuuu! Com vocês, o segundo texto sobre a série do alfabeto!
Em um país chamado Lendescrevendo, na região da Letrolândia, ao sul de Fonemas e ao norte de Grafemas, bem na fronteira com Soletrando, vivia uma senhora sábia e sorridente: a senhora S.
Por onde passava, todos já sabiam que ouviriam aquele som: Ssssssssssssssssss Ssssssssssssssssssss. Às vezes, ela era tão querida que era requisita em algumas palavras 2 vezes seguidas. Isso mesmo: na mesma palavra, apareciam 2 S juntos. Pode um negócio desse?
Por onde passava, todos já sabiam que ouviriam aquele som: Ssssssssssssssssss Ssssssssssssssssssss. Às vezes, ela era tão querida que era requisita em algumas palavras 2 vezes seguidas. Isso mesmo: na mesma palavra, apareciam 2 S juntos. Pode um negócio desse?
De tão sábia e com um sorriso tão sensacional, alguns tinham muita inveja da senhora S e queriam imitá-la! Ela tinha uma sobrinha, a pequena menina Ç, que queria porque queria ter o som da senhora S. Ela tentava convencê-la a mudar:
- Minha querida, sua mãe, a letra C, ficará chateada.
Mas não adiantava: onde colocavam a menina, só saía o som Sssssssssssss. E ela ainda respondia:
- Que chateada que nada, tia. Minha mãe, vez ou outra, gosta de te imitar também.
Fazer o que, né? A senhora S só ria, com sua risada gostosa: Sasasasasasa.
Outra letra imitona era a letra Z. Ela tinha seu som, o Zzzzzzzzzzzz, mas, de vez em quando, dava na cabeça de ter o som da senhora S. Fala sério!
As outras letras não gostaram. Resolveram se reunir e começou a discussão:
- Eeeeeeu não concordo. Não é possível algo assim. Cada letra tem que ter seu som e não pegar o som das outras! – disse a letra E, toda espivitada.
- Ah, eu não concordo. Qual o problema de querer ter o som dos outros? Não são todos que são iguais a você, letra E, que tem 2 sons, um aberto e um fechado, é toda resolvida, é uma das vogais. Poxa, há outras letras nesse mundo e algumas delas têm problemas sonoros. E precisam de amigas ao seu lado para que outros as escutem. Poxa vida! – disse a letra H, chorando amargamente, com o rosto vermelho e de muito mau humor.
- Aaaaaaah não! Está errado, pessoal. Cada um tem que cuidar de sua vida. E de seu som. Não concordo: essa história da Z, Ç e da letra C ficarem pegando som dos outros, para mim, é roubo! – disse a famosa letra A, que nunca se importava muito com o sentimento dos outros. Afinal, estava em todas e todos precisavam dela (mesmo que não quisessem).
- Pppppperai! Roubo não, A. Que isso! Vai com calma. Não acho que é roubo, mas temos que resolver essa história. Daqui a pouco vira palhaçada, um querendo ser o outro e ninguém vai entender nada – disse a letra P, tentando ser pacífica, mas, sem querer, colocando mais lenha na fogueira.
Nisso uma letra começou a brigar com a outra, trocando acentos e til entre si, e falando palavrões. Que confusão sonora! A letra Z e C se acusaram de invejosas e começaram a puxar os cabelos.
No meio disso tudo, chega a sábia senhora S, serena e sorridente como sempre. E foi logo dizendo e fazendo seu ssssssom de sempre:
- Pesssssoal, pesssssoal, calma! Relax... Que estressssssse! Olha, eu não ligo de pegarem meu som. Fico até lisonjeada e...
- Mas isso é iiiiiiiiiiiijusto, S! – disse a letra I, interrompendo a senhora S de forma ignorante.
- Olha, vamos fazer assim: já que vocês acham injusto, que tal fazermos um trato? A letra C é minha irmã e a Ç é minha sobrinha. Não ligo se elas usarem meu som de vez em quando. Elas são da minha família. O que é meu é delas.
- E a letra Z? – disseram as outras letras (menos a letra Z, que estava torcendo para não ser lembrada).
- Hmmmm Fazemos assim então: a letra Z pode usar meu som. Às vezes. Mas, em troca, eu também quero usar seu som de Zzzzzzzzzzzz. Às vezes. Pode ser? Fechado?
As letras conversaram, cochicharam entre sim. A letra Z fez que sim com a cabeça e todos acabaram apertando as mãos e fazendo as pazes.
Desde esse dia, as letras começaram a fazer acordos entre si. Umas nem quiseram imaginar tal hipótese, mas outras deixaram que suas amigas usassem seus sons (às vezes). Umas até se juntaram para formar o som de outra, como o CH. A briga acabou gerando, no final, mais união!
Pobre de nós na hora de escrever... Haja dicionário para saber se uma palavra é com S, Z, Ç, C, ou G e J, ou CH e X...
Essas letras... Surpreendem-nos mais e mais!
Essas letras... Surpreendem-nos mais e mais!