segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Último fôlego: ainda há tempo?

   Quem ensina na Educação Infantil ou no primeiro/segundo ano do Ensino Fundamental sabe como é importante trabalhar com calendário todos os dias. E é incrível como os dias têm passado rápido... Você tem tido essa sensação? Já estamos no final de outubro! Gente, parece que foi ontem que postei a crônica “Contagem progressiva”. Quantas coisas não aconteceram conosco em nossas salas de aula e Escolas Bíblicas Dominicais, certo?

    De fato, tudo tem passado rápido. E é bom que o tempo passe, porque assim a vida acontece... As provas para os quais nos preparamos e nos fizeram abrir mão de diversões chegam. E passam! Tiramos o aparelho. As páginas das agendas das crianças, antes tão branquinhas, se enchem de bilhetes. Descobrimos que nossa melhor amiga está grávida, e vemos sua barriga crescer. Os livros, intactos, cheirosos, limpos e finos, vão sendo preenchidos conforme o conhecimento é adquirido. O estágio probatório acaba. As páginas do calendário são arrancadas. A gente se aposenta. Cantamos parabéns para todos os alunos e amigos. A leitura do romance acaba. O bebê, tão pequeno e indefeso, cresce, engatinha, começa a andar e falar. O prédio, antes um amontoado de madeiras e ferros, é construído e finalizado. A leitura bíblica acaba. E recomeça! Finalmente terminamos de pagar as parcelas daquelas compras. Bananas verdes e duras amadurecem. E ficam boas que só! Os sonhos são desenhados e colocados em prática...

   Mas tem algo que também acontece com o passar do tempo: o cansaço... Meu querido colega, sei bem o que você passa. Vivo as mesmas dores e alegrias todos os dias! Mas com este texto quero te lembrar de algo: não deixe morrer o ânimo agora no final. Feche bem seu ano letivo e eclesiástico! Peça a Deus em oração a renovação de suas forças para que assim você termine bem o que exigiu tanto esforço seu ao longo do ano. Não deixe tudo se perder agora!

   Ainda há tempo: dê o seu melhor! Não me venha com frases do tipo: “Mas o que ainda dá pra fazer a essa altura do campeonato?” ou “Ah, já está acabando mesmo, fazer o que?”. Quer fazer um quadro-valor-lugar para cada aluno? Faça! E caprichado! Quer trabalhar parágrafos, translineação, produção de texto bem feita? Faça, ainda há tempo, ainda dá para obter resultados! Aproveite esse 1 mês e meio que falta e se dedique, dê um pouco mais, não esmoreça! Quer fazer aquele mural super trabalhoso? Por que não? Já estamos de férias? Então, mãos a obra! A hora de fazer é agora. O que você não fizer hoje vai fazer muita falta no ano que vem.

    Encerro deixando um versículo conhecidíssimo, mas que, “a essa altura do campeonato”, nos dá mais energia:

"Os jovens se cansam e se fatigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam". Isaías 40: 30, 31

   Você não está sozinho. Ele irá te ajudar! Espero que vocês tenham um mês de novembro e dezembro cheios de fôlego. Vamos mergulhar nessa?

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O semeador...

    Uma das passagens bíblicas de que mais gosto é a parábola do semeador... Ela encontra-se em Marcos 4: 1-20. O motivo pelo qual tenho tanto apreço por ela é porque ela traz esperança ao nosso coração, professor. Antes de explicar o porquê, vou colocar a parábola (em NVI) (e sua explicação dada pelo próprio Jesus) na íntegra abaixo, caso você não tenha uma Bíblia perto de você (mas suponho que você tenha uma em casa, já que é o melhor livro que existe neste mundo). Lá vai:

"Novamente Jesus começou a ensinar à beira-mar. Reuniu-se ao seu redor uma multidão tão grande que ele teve que entrar num barco e assentar-se nele. O barco estava no mar, enquanto todo o povo ficava na beira da praia.
Ele lhes ensinava muitas coisas por parábolas, dizendo em seu ensino:
"Ouçam! O semeador saiu a semear.
Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as aves vieram e a comeram.
Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou, porque a terra não era profunda.
Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham raiz.
Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas, de forma que ela não deu fruto.
Outra ainda caiu em boa terra, germinou, cresceu e deu boa colheita, a trinta, sessenta e até cem por um".
A seguir Jesus acrescentou: "Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!".
Quando ele ficou sozinho, os Doze e os outros que estavam ao seu redor lhe fizeram perguntas acerca das parábolas.
Ele lhes disse: "A vocês foi dado o mistério do Reino de Deus, mas aos que estão fora tudo é dito por parábolas,
a fim de que, ‘ainda que vejam, não percebam, ainda que ouçam, não entendam; de outro modo, poderiam converter-se e ser perdoados!’"
Então Jesus lhes perguntou: "Vocês não entendem esta parábola? Como, então, compreenderão todas as outras parábolas?
O semeador semeia a palavra.
Algumas pessoas são como a semente à beira do caminho, onde a palavra é semeada. Logo que a ouvem, Satanás vem e retira a palavra nelas semeada.
Outras, como a semente lançada em terreno pedregoso, ouvem a palavra e logo a recebem com alegria.
Todavia, visto que não têm raiz em si mesmas, permanecem por pouco tempo. Quando surge alguma tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo a abandonam.
Outras ainda, como a semente lançada entre espinhos, ouvem a palavra;
mas quando chegam as preocupações desta vida, o engano das riquezas e os anseios por outras coisas, sufocam a palavra, tornando-a infrutífera.
Outras pessoas são como a semente lançada em boa terra: ouvem a palavra, aceitam-na e dão uma colheita de trinta, sessenta e até cem por um"."

    Na nossa jornada profissional, infelizmente não ganharemos todas. Gostaria de dizer que sim, que todos podem aprender e chegarão lá com nossa ajuda, mas há outros fatores implicados aí que fogem a nossa alçada. Iremos nos esforçar, nos preparar, dar o nosso melhor, mas ainda assim não será o suficiente. Alguns ficarão pela beira do caminho; outros até irão mais para a frente, mas farão escolhas erradas que os forçarão a parar os estudos; outros quase chegarão, mas se deixarão influenciar por más pessoas... Enfim, não sei se acontece com você, mas quando eu olho minha turma e penso nisso, me desanimo bastante... Poxa, tanto esforço jogado fora... Tanto suor desperdiçado... Passei tanto tempo pensando no que seria melhor para eles e no final é isso, tudo para nada?
    NÃO! A história não acaba aí... Realmente, muitos irão se perder, mas há aqueles que crescerão. Aqueles que farão as escolhas certas, irão continuar seus estudos, irão realizar seus sonhos e farão coisas que nem imaginamos! Logo, meu caro colega de profissão, não desanime! Dê o seu melhor para todos. Haverá os que não merecerão o carinho e atenção dispensados, mas, como não sabemos quem será o solo frutífero, temos que apostar em todos. Nem todos irão florescer como gostaríamos, mas os que são a boa terra, esses sim farão valer os nossos esforços e nos encherão de orgulho mais para a frente. 
    Na igreja, muitos de nossos pequenos irão se perder, se desviar, preferir o mundo à Casa de Deus. Mas não desista! Há aqueles que crescerão na Palavra, permanecerão firmes no caminho, serão grandes cooperadores, ajudantes fantásticos, serão líderes dos jovens e dos adolescentes, presbíteros, diáconos, pastores, ministros de louvor... Irão até nos substituir em nossos ministérios, quem sabe.
    Meu amigo, sua escola ou igreja pode ser mais rochosa, ou espinhenta, ou simplesmente mais uma no meio do caminho, mas tenho certeza que dentro dela há inúmeras terras cheias de vontade de dar o melhor fruto a você e, principalmente, a Deus. Boas colheitas!