Separamos as atividades feitas ao longo do tempo... Fazemos a capinha dos envelopes... Fechamos e guardamos até a reunião.
Aí vem a vez dos relatórios. E, se tem uma coisa que eu não gosto, é de fazer esse tal de relatório.
Faço qualquer coisa em uma escola com alegria: ensaio quantas turmas forem pra apresentação, levo quantos meninos forem necessários pra passeio, mas relatório... Ai, que canseira. E são 4 por ano!
Aí, para fazê-los, usamos algumas avaliações que fizemos durante o bimestre, em especial: provas (sei que é tradicional, mas ainda gosto de aplicar. Não uso como única forma de avaliar, mas como uma das formas), tarefas e os testes da Psicogênese.
Toda escola em que eu trabalhei faz este teste de uma forma diferente. Acabei juntando o que aprendi em cada uma delas, mas sou doida para ver uma palestra de como ele realmente deveria ser aplicado hehehe.
Mas, resumidamente, ele funciona assim: ditamos algumas palavras (eu gosto de contar uma história e tirar as palavras dela, de preferência substantivos concretos e que façam parte do contexto deles), entre elas uma dissílaba, trissílaba, polissílaba e monossílaba. Acabo ditando mais algumas, uma frase (com o nome da criança e a palavra dissílaba), peço o desenho da parte preferida e um pequeno reconto da história logo abaixo. Ele é aplicado individualmente e depois analisamos em que nível a criança se encontra.
Aí pego todo este material e deixo minha mesa da sala assim:
Fazer o relatório é bem trabalhoso. Mas se tem uma coisa boa é essa: a gente reflete bem no aluno e em seu processo de aprendizagem.
Na correria do dia a dia, a gente acha que não fez nada. Que eles não aprenderam nada, não avançaram, que o esforço foi em vão...
Mas quando a gente para, senta, e analisa cada avaliação, cada teste da Psicogênese desde os primeiros... Temos algumas surpresas que nos dão sorrisos.
Do tipo:
- Ver que suas 200 mil explicações surtiram efeito (nem que seja em um aluno hehe)
- Ver que alguns alunos já estão escrevendo melhor e lendo, o maior presente que um professor pode ganhar.
Teste 1 (aplicado no início de março)
Teste 2 (aplicado no início de maio)
Teste 3 (aplicado no meio de julho)
Quando fui redigir o relatório, coloquei que a criança fulana de tal (esse meu aluno dos testes acima) saiu do nível tal, segundo o teste da Psicogênese, e foi para o nível tal. E deu uma vontade enorme de acrescentar em letra garrafais: MATANDO SUA PROFESSORA DE ORGULHO!
Enfim... Final de bimestre é tenso. É difícil, é trabalhoso... Mas quando o último ponto final é colocado, a última revisão é feita... Uau, que sensação de alívio que dá!
Então, para quem é da Rede Pública, bom recesso! Metade da missão está cumprida! Deus abençoe e bommmmm descanso!