sexta-feira, 15 de julho de 2016

Atendimento

Não sei vocês, mas eu não tenho muita paciência com as empresas prestadoras de serviços, não importa a natureza delas. Sempre acho que têm muito a melhorar e que sou mal atendida. E pode acreditar: não estou nem exigindo muito não, e nem é frescura. É porque o trem está feio mesmo!

Sou cliente de uma operadora telefônica há anos (desde que tive meu primeiro celular, ou seja, deve ter mais de 15 anos, pelo menos). E sinceramente, não sei o que passa na cabeça deles.

Em tempos de crise, no qual cortamos tudo, ter um cliente, e um cliente que paga em dia, é uma bênção, certo? Pelo menos eu penso assim. E faria de tudo para agradá-lo. Ou pelo menos não tratá-lo mal.

Porém, nem todos pensam como eu. Semana passada, meu esposo me disse que essa tal empresa, que chamarei de NÃO CONTO NEM MORTA O NOME, mas, para abreviar, usarei apenas Morta, ligou para ele querendo falar comigo. Ele disse que esse número não era meu, mas que poderiam falar para ele. A moça disse que não podia. Ele insistiu, dizendo que éramos “apenas um” e que eu contaria tudo para ele depois hehe. A moça desconversou e disse que ligaria depois.

Ora, caro leitor: se aquele número era dele, não era de se pensar que a outra linha cadastrada era a minha? Assim, eles poderiam ligar na certa e falar comigo. Óbvio, correto?

Não para a empresa Morta. Eles simplesmente ligaram de novo e ele disse mais uma vez que essa era a linha dele e não a minha.

Ligaram pela terceira vez. Eu estava perto e ele me passou o telefone:

- Oi moça. Sou a Lívia.

- Senhora Lívia, aqui é da empesa Morta, tudo bem com a senhora?

Eu respondi, de forma calma, mas firme:

- Tudo. Mas deixa eu te perguntar. Por que vocês estão ligando no celular do meu esposo? Poderiam ligar logo no meu para resolvermos.

A mulher responde, de forma alterada (em minha opinião):

- Senhora, há duas linhas cadastradas! A senhora quer que a gente adivinhe qual é a sua? Não temos como saber, não podemos adivinhar!

- Moça, eu só fiz uma pergunta. Não precisa responder desse jeito.

- QUE JEITO????

Gente, eu não aguentei. Pecadora miserável que eu sou, a raiva subiu, fiquei vermelha e bati o telefone na cara dela! Porque, se eu fosse continuar a conversa, ia falar besteira.

Cara, que absurdo! Como assim? Primeiro que não falamos assim com um cliente. Segundo, não tem como adivinhar mesmo não! É só usar um pouquinho a cabeça e ver que se você quer falar com a Lívia, ligou em um número e não é o dela, não é óbvio que o número da Lívia é o outro? E foram 3 vezes que ligaram errado!!!!!!

Poxa, gente, até entendo que o trabalho dela possa ser estressante. Mas isso não é motivo para falar assim com cliente nenhum, ainda mais que eu não tinha gritado nem saído do tom para a moça falar dessa forma.

Mas sabe qual é a pior parte? Eu nem fiquei surpresa! Já estou acostumada! Não é a primeira vez que um atendente deles me trata assim. Boba sou eu que não cancelo minha linha e assim assino embaixo para que eles continuem esse tratamento de lixo.

Fiquei indignada, sem entender como uma empresa fala e trata um cliente desse jeito.

Mas...

Eis que no final da tarde, uma surpresa. Tive que ir comprar um tecido. Cheguei à loja, o atendente me recebeu bem, me mostrou as estampas, tirou minhas dúvidas, não ficava em cima de mim enquanto eu escolhia, mas estava perto o suficiente para ver se eu precisava de algo. Parecia que eu estava sonhando.

Ao final da compra, não aguentei:

- Moço, qual seu nome?

- Junior.

- Nossa, Junior. Muito obrigada. Você me atendeu muito bem. Tem muito tempo que isso não acontece.

Ele deu um sorriso. Saí até flutuando da loja, sem acreditar. Passei pra comprar uns cosméticos e um bolo depois. Os atendentes sorrindo, fazendo brincadeiras, agradecendo pelas compras!

Gente, fiquei tão feliz!!! Não por ser bem atendida... Por isso também. Mas por ver que estava errada. Por ver que há ainda esperança pra humanidade hehe, que há atendimento de qualidade, que ainda há trabalhadores preocupados em nos atender bem. Por ver que não posso generalizar: Há exceções! Ou melhor: quem sabe, talvez, os que atendem mal possam ser só a exceção e não a regra. Quem sabe...

“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o Senhor e não para homens”.  Colossenses 3:23

Não sei se essas pessoas que me atenderam são cristãs... Mas, se são, têm seguido à risca esse versículo. Louvo a Deus por isso!

2 comentários:

  1. É assim mesmo Livia, um terror! e quando elas usam o tal: "vou estar verificando" vou estar isso e aquilo. E essa empresa "morta", que imagino qual seja, deixou meu nome no "Serasa" por um ano, me cobrando valor indevido por uma linha em São Paulo, que nunca tive. Me prejudicou no meu banco de forma absurda. Sempre com respostas "engessadinhas" nunca resolvia o impasse. Não aguentei,fiz um dossie com todas elas e entrei com indenização por danos morais.

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  2. Isso mesmo, Cida. Temos que correr atrás de nossos direitos. Eles não podem nos tratar de qualquer jeito.

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