sábado, 24 de junho de 2017

De repente... Trintei!



Minha irmã dizia que, quando fazemos 30 anos, a gente tem que ficar em casa sem comemorar, dormindo, meio "deprê", porque significa que estamos ficando muito velhos hehehe.

Não sei se é assim mesmo ou se a ficha não caiu.

Mas o fato é que aniversário sempre nos faz refletir... Por isso, resolvi fazer uma lista de 30 coisas que eu aprendi, que eu acho, que eu sou, que eu gosto, enfim... E foi bem legal para analisar minha vida. Te desafio a fazer o mesmo e comparar com outras futuras listas que você  fizer. Bom trabalho!

1) Fiquei mais medrosa depois de velha. Não vou nesses brinquedos de aventura nemmm.

2) Me acho imatura pra minha idade e a culpa disso é toda minha. Mentira, é dos meus alunos, eu fico querendo ser igual a eles hahaha.

3) Ainda não tenho paciência pra postar foto no Face...

4) Mas gosto de publicar textos. Quando escrevo,  parece que traduzo em palavras o que eu sinto e me ajuda a refletir.

5) Preciso dar mais valor a minha família. Eles são minha base e hoje reconheço isso muito bem. Aliás, ter pai e mãe é  tudo nessa vida, não é  mesmo?

6) Odeio usar relógio, mas amo usar pulseiras e colares.

7) Preciso melhorar como dona de casa e cozinheira.

8) Preciso ser mais grata a Deus por tudo o que Ele me dá.

9) Amo as pessoas que Deus pôs em meu caminho e me acompanham, pois aprendo muito com elas, sejam dicas de casa e receitas , sejam lições para a vida. E tudo isso é muito importante.

10) Meu marido é minha melhor companhia, seja em casa fazendo nada, seja fazendo nossa tão sonhada viagem.

11) Preciso parar de só falar que Deus é  o primeiro lugar da minha vida e realmente começar a colocá-lO como tal de fato e de verdade.

12) Estou me sentindo mais cansada do que antes. Acho que realmente estou ficando velha hehehe.

13) Aprendi que educação financeira é  muito importante e faz verdadeiros milagres.

14) Continuo amando chocolate e, se deixar, como até no café da manhã.

15) Aliás,  se é  pra comer gordice, me chama, porque eu adoroooo.

16) Amo meu trabalho e meus pequenos alunos, instrumentos de Deus para me ajudar a ser mais paciente.

17) Preciso parar de me cobrar tanto e parar de me comparar com outros.

18) Gosto muito de música,  quero melhorar nos instrumentos que estou aprendendo e pretendo continuar estudando e fazendo cursos sempre, mesmo sem ter o dom.

19) Preciso arranjar tempo pra ler mais.

20) Amo filmes românticos e suas trilhas sonoras.

21) Sou apaixonada  pelo filme A Bela e a Fera. Aliás, amo todos os contos de fada da Disney.

22) Estou tentando ser mais vaidosa e me maquiar mais.

23) Não sei como é ser mãe,  mas ser tia é  umas das melhores coisas do mundo inteiro (mesmo quando seu sobrinho que nem tem 1 ano começa a balançar a cabeça fazendo “não”ao você se aproximar, porque eu aperto mesmo e não estou nem aí).

24) Minha mãe e minha irmã são as mulheres que eu mais admiro no mundo.

25) Amo fazer aniversário e sempre gosto de comemorar. É um dia que recebemos mensagens bonitas e reencontramos pessoas queridas.

26) Não gosto de casa bagunçada e sempre estou colocando as coisas no lugar, para desespero do meu marido.

27) Não gosto de carne, mas amo frango, mesmo sendo barato e não sendo chique.

28) Não gosto de cozinhar, mas quando recebo visita eu gosto de ir pra cozinha. Vá entender...

29) Não gosto de verdura e fruta, mas estou comendo mais para ser mais saudável.

30) Eu gosto muito de falar e falo muito mesmo. Já tentei mudar, mas tem defeitos mais complicadinhos, né?

Enfim... Aprendi muito nesses 30 anos, mas preciso colocar as velhas lições em prática e fora do papel ou da cabeça. Parar de ser cabeça-dura em certas coisas, e menos flexível naquelas em que dizer NÃO é inegociável.

30 anos. Para alguns, ainda nova. Para outros, já velha. Muitos questionamentos e muitas incertezas me assolaram nestes anos. Mas em todos eles a mesma convicção: com Deus, tudo vale/valerá a pena! Soli Deo Gloria.



sexta-feira, 2 de junho de 2017

Todo professor é um pouco aluno

Professor é um trem engraçado mesmo. A gente vive reclamando dos nossos alunos. Eu, por exemplo, posso citar algumas coisas que eles fazem que me dão “nus nelvu”.

Primeiro, eles não escutam o que você explica. Só o que é do interesse deles. Você pode falar mil vezes, por exemplo, que é para escrever o nome completo na folha. Sempre terá algum que irá perguntar depois: “É o nome completo, tia?”. 

Você passa a semana ensinando o B, dá música, brincadeira, mil atividades, se veste de bruxa e conta história que tem essa letra, mas não adianta: sempre tem aquele que não irá gravar a letra que você explicou.

Mas fala que é hora do recreio. Fala que vai dar massinha. Fala que é dia do brinquedo, pra ver se eles não escutam de primeira...

Aí depois tem aqueles que acham que é sua obrigação dar presentes e lembrancinhas, e nem um muito obrigada você escuta. E ainda ficam criticando o que você deu e querendo escolher.

Tem outros que também não tem um pingo de educação, sempre te interrompendo quando você está falando, que falam mais alto do que você, que vem com uns assuntos nada a ver com o tema em questão...

E aqueles que tomam conta da vida de todo mundo, falando tudo de errado que o outro faz, mas não vendo as próprias falhas. 

Fora os que comemoram na sua cara quando não tem aula, não se dedicam e fazem tudo de qualquer jeito, e só querem brincar.

Terrível, né? 

Mas e se a situação se invertesse de certa forma? E se nós virássemos alunos novamente? Teríamos outra atitude? Ou será que aluno é tudo igual, não importa a idade?

Pois sim. Umas das coisas boas da Secretaria de Educação é isso. Todo ano temos uma gama de cursos para fazer, um melhor do que o outro.

Este ano resolvi fazer o “Rodas de brincar”, com a mesma equipe fantástica do curso que fiz no ano passado, “A arte de contar histórias”. 

Em uma de nossas aulas, comecei a reparar na minha postura e de minhas colegas, todas elas professoras, e fiquei refletindo...

1- A gente não escuta. A professora acaba de explicar a brincadeira e fazemos tudo errado. Mas fala que está na hora do lanche pra ver...

2- Elas nos deram um pequeno mimo pelo dias das mães, que mesmo quem ainda não é mãe, como é o meu caso, acabou ganhando. Eu fui, comecei a escolher o que eu queria, querendo mais o da colega do que o que eu tinha recebido. Voltei pra minha mesa e sequer agradeci. Só lembrei quando vi uma das colegas, uma das poucas aliás, dizendo: Muito obrigada (isso que as professoras passaram o final de semana inteiro fazendo, coisa que não é da obrigação delas NUNCA NESSA VIDA).

3- A gente interrompe o tempo todo. Falamos coisas que não têm nada a ver com o assunto. A gente grita. A gente quer mandar mais do que as professoras. A gente conversa sempre e atrapalha.

4- A gente toma conta da vida das colegas, mas se esquece de olhar pro nosso umbigo e ver que quem estava fazendo errado era a gente e não a outra.

5- Comemoramos efusivamente quando não tem aula. Chegamos atrasados e queremos (ou exigimos) sair mais cedo. Não nos dedicamos e não damos nosso melhor.

Soou familiar? Nós somos nossos alunos quando sentamos nas cadeiras e viramos corpo discente.
Logo, fica a reflexão. Antes de criticarmos nossos alunos, vamos pensar melhor como agimos diante de nossos professores também. Nossos alunos são, na maioria, crianças, e ainda estão aprendendo a conduta correta nas situações da vida. Nós somos adultos já. Será que nos comportamos como tal?