segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Minha retrospectiva 2012

É pessoal... Mais um final de ano! Você já deve ter ouvido isso milhões de vezes, mas como esses últimos anos passaram rápido. Uma vez me disseram que dos 15 aos 25 é um pulo... Eu já estou prestes a fazer 26! Passou como um raio!

Na primeira postagem que fiz em 2012, disse que havia colocado em minha agenda, no último dia do ano, a seguinte frase: “Como estou aqui?”. O tempo passou... E o dia 31/12 chegou! Quantas coisas aconteceram! Logo, fiz uma retrospectiva minha de 2012, para responder à pergunta, e trazer a minha memória tantas bênçãos dadas por Deus:

- 2012 foi um ano de aprendizado, crescimento, mas de surpresas e conquistas;

-  Tomei uma boa decisão no início do ano e Deus me ajudou a enfrentar as consequências dela durante o ano. Saí vitoriosa, porque Deus me ajudou. Achava que seria impossível, mas consegui!;

-  Fiz grandes amigos, que, se Deus quiser, irão ser meus companheiros para sempre (um é até de longeee);

- Escrevi mais vezes em meu blog!;

-  Melhorei meu inglês e fiz uma viagem incrível para fora do país;

-  Pude ser madrinha e testemunha no casamento de amigos queridos;

- Fui chamada no concurso da minha vida, para o qual esperei 1 ano e meio;

- Tive alunos incríveis, aprendi muito com eles e com meus erros. Acredito que fiz bons amigos e que os influenciei, apesar de nem sempre ter falado e me comportado de forma afetuosa;

-  Melhorei na questão da insegurança e tenho parado de me preocupar tanto com o que os outros pensam;

-  Aprendi a ser mais madura e enfrentar situações difíceis no trabalho;

-  Chorei, tive tristezas, decepções, mas o saldo foi positivo;

-  Viajei muito: Floripa, Recife, Nova Iorque, Goiânia, Caldas Novas, e aproveitei muito com a família e amigos. Algumas dessas viagens, as melhores, por sinal, foram de última hora;

-  Aprendi a fazer algumas sobremesas (hmmm);

- Toquei na frente de um monte de gente no recital de piano (eu, que sempre falei que nunca tocaria na frente de ninguém. Peguei a partitura e venci o desafio. Deus é bom!);

- Minha prima-irmã terminou o tratamento de câncer e está curada (glória a Deus!).

“Conta as bênçãos, dize quantas são/ Recebidas da divina mão/ Vem dizê-las, todas de uma vez/ E verás surpreso quanto Deus já fez!”. Esse é o refrão de um hino de minha igreja. Tem tudo a ver com nossa vida, em especial no final do ano.

Minha agenda velha encerra suas atividades e a frase colocada há tantos meses foi lida hoje por mim com um sorriso de satisfação. Uma outra está em minhas mãos. O que irá acontecer? Quais surpresas? Convites inesperados, viagens de última hora ou planejadas, alegrias, tristezas, decepções, novidades... Não sei. Mas quero entregar o meu 2013 nas mãos de Deus. Viro a folha do dia 31 de dezembro com uma oração de agradecimento, mesmo nas dificuldades (que foram muitas). Crescer dói e este foi um ano de crescimento. Mas de inúmeras situações boas também!

Enfim, que venha 2013! Agenda branquinha, cheirando a nova. Pego-a e dou uma folheada rápida. 1 ano inteiro pela frente! Uau, todas aquelas páginas serão preenchidas com aventuras que nem imagino quais serão! Mas abro-a também com uma oração, para que 2013 seja para, acima de tudo, glorificar a Deus!

Espero que continuemos aqui compartilhando sonhos, histórias, aventuras! Deus vos abençoe e feliz 2013! Que esse seja o ano das surpresas na minha e na sua vida!

OS: Faça sua própria lista de retrospectiva também. É bom para vermos como Deus nos abençoa!

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Professora abençoadinha em: Confissões de uma novata em crise!

No capítulo de hoje, a professora abençoadinha está preocupada. Ser novata nunca é fácil, ainda mais em uma escola na qual todos os professores têm mais experiência do que você. Inúmeras coisas passam por sua cabeça:

1) Será que a professora que pegá-los ano que vem vai achá-los bons? Será que vai pensar que são fracos e vai parecer que eu não dei nada? Ou vai falar mal de mim, dizendo que sou uma péssima professora?

2) Será que eu estou ensinando da forma certa? Não existe uma forma melhor de ensinar?

3) Será que eles estão no mesmo nível que as outras turmas?

4) Será que estou dando muitas atividades e não está rendendo?

5) Será que estou dando poucas atividades e eles estão ficando mal acostumados?

6) As atividades que eu dou são mais fracas do que as que minhas amigas dão?

7) Para os meus alunos que têm dificuldade: dou só atividades diferenciadas? Todos os dias? Em quais momentos? Ou mesclo com as que eu dou para os outros?

8) Grito demais? Ou estou afrouxando e deixando a turma sem limites?

9) Meus alunos gostam de mim? Irei marcar a vida deles de forma positiva? Ou em suas lembranças serei aquela professora chata? O que eles falam de mim quando chegam em casa?

10) E os pais? O que pensam de mim? Acham-me boa professora?

11) Dou atenção para todos de forma adequada? Dou preferência para um ou outro? Trato-os de acordo com suas diferenças e levo em consideração seus problemas?

12) Na hora de planejar, fazer cartazes e coisas do tipo, faço muito devagar?

13) Devo gastar dinheiro comprando material escolar? Ou fazendo isso irá parecer para os pais que é minha obrigação, e não deles?

14) Fui grosseira com alguma colega de trabalho? Falei demais? Ou falei de menos?

15) Será que a professora do ano que vem irá entender o que eu quero dizer no relatório? Ele está bem escrito? Coloquei frases adequadas? Irei me encrencar por ter dito algo da forma errada?

É, gente. O começo nunca é fácil. São muitas dúvidas, muitas angústias. Encontrar o equilíbrio, o bom senso, demanda tempo. Mas, mesmo que sejamos sem experiência, devemos saber que nossa energia está alta, assim como a animação e a quantidade de sonhos. Logo, devemos aproveitar essa fase, para fazermos tudo o que pudermos enquanto não temos que conciliar com inúmeras outras tarefas, como casa, marido, filhos etc. Logo, força professoras abençoadinhas espalhadas por aí!

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Registro para dias difíceis (parte 3)

Pessoal, aqui está a terceira e última parte! Espero que gostem! Beijos!



No dia 18 de maio, acordei 5 e meia da manhã! Estava super ansiosa! Toda hora atualizava a página para ver se o Diário Oficial do DF havia saído.

Tomei banho e voltei: estava lá. Passei página por página e não vi nada. Comecei a pensar: Que raiva! Se não ia ter convocação, por que colocaram no blog que teria? Ah não...

Mas tentei me acalmar e comecei a procurar de novo. Achei o nome de uma colega de trabalho e fiquei super feliz. Mas tinha um detalhe: a classificação dela era após a minha. Se ela tinha sido convocada, eu também tinha sido, né?

Quando olhei a página anterior, lá estava! Nossa . . . Nossa . . . Nem acreditei! Era verdade! Uhuuuuuuuuu

Comecei a pular! Liguei pra um monte de gente! Passei o dia mandando mensagem e recebendo ligações de parabéns!

Poxa, foi bom demais! Comecei a organizar minhas festas (isso mesmo, festas hehe) de aniversário, que seriam para celebrar mais um ano de vida e a vitória, após tanta espera, no concurso! Era uma forma de agradecer a Deus por tamanha bênção e também agradecer a todos que oraram por mim.

E aproveitei mesmo: fiz festa com os amigos, com a família, com as crianças do coral de minha igreja, fiz festa de despedida com as turma da manhã e da tarde na escola onde eu trabalhava. Nossa, estava feliz demais! Tinha que comemorar muito!

Aquela convocação era fruto de oração! Minha e de amigos e familiares! Uma irmã de minha igreja, Graça, um dia conversou comigo e disse que Deus faria o impossível se essa fosse sua vontade. Eu disse a ela que eles não chamavam por falta de verba. E ela replicou: então, vamos orar para que haja verba.

E não é que deu para chamar mais por que surgiu um aumento no orçamento? Deus é bom: fez até aparecer dinheiro para assim eu e muitos outros realizarem um sonho.

Eu parecia criança. Coisas simples me deixavam feliz:

Agora na minha folha de ponto está escrito professora;
Amo quando chamam: “Professora, telefone”, “Professora, reunião”, “Professora, quantos alunos hoje?";
Agora encho a boca para dizer MEUS ALUNOS;
Acho sensacional escrever “Professora Lívia” no cabeçalho;
Acho lindo ouvir que agora eles, MEUS ALUNOS, me chamam de professora!

Muitos planos dependiam de ser chamada. Agora, é só por em prática! E meu blog pode, verdadeiramente, ser chamado “Uma professora muito abençoadinha”. Yes!

Porém, não escrevi esse tanto de coisa a toa. É para te ajudar, sim, pois, se você está passando por algo semelhante a minha história, quem sabe esse Registro para dias difíceis não possa te ajudar, né?

Mas a verdade é que pensei primeiramente em mim. É fácil esquecermos a luta que passamos... Mas não podemos! Quis registrar para que eu nunca esqueça como me custou, quanto custou para que eu chegasse até aqui. E isso para que eu nunca deixe de dar valor...

O que acontece é que, mesmo depois de tudo isso que relatei, eu comecei a reclamar. Sabia que seria difícil, sabia que o trabalho e o cansaço aumentariam, o tempo livre diminuiria... Claro que eu sabia! Eu já trabalhava em escola pública.

Mas agora, eu sou a professora. A responsabilidade é toda minha. Agora convivo com os outros docentes, acompanho bem de perto suas reclamações e angústias. E comecei a me deixar contaminar por elas.

Comecei a reclamar, a falar mal dos meus alunos, da comunidade ao redor, das decisões da escola (ou da falta delas), das mudanças de data no cronograma escolar, das colegas de trabalho... Enfim, passava na minha frente e eu reclamava. Falava para mim mesma: vou fazer outro concurso. Ganhar mais, não ter de me estressar tanto.

Até que um dia, após participar de mais uma sessão de “Ganha quem falar as piores coisas de seus alunos”, entrei no carro e Deus começou a falar comigo: “Ué, Lívia, que história é essa? Você me pediu tanto isso, queria tanto ser professora, para agora ficar nessa, só criticando tudo?

Você está na sua escola para fazer a diferença. Você quis tanto! Sua postura tem de ser diferente. Se os outros criticam, você não pode fazer a mesma coisa. Você não pode simplesmente dizer que não gosta de alguém, ou que seus alunos são terríveis. Você é uma serva de Deus. E outra: você pediu, Eu te dei. Quer outro concurso? Quer que eu te abençoe e você consiga não trabalhar muito, e ganhar bem mais? E essas crianças? Quem fará diferença na vida delas? Eles são seu campo missionário. Difícil? É... e muito. Mas confie em mim, descanse em mim, renove suas forças em mim. Não se cobre além de suas forças e saiba que quem vai a sua frente sou Eu”.

Logo, me senti reanimada. Passei a orar antes e depois de minhas aulas. Tento reclamar menos. É difícil. Há dias em que dá vontade de desistir. De jogar tudo para o alto.

Mas aí eu me lembro do quanto foi difícil chegar até aqui. O quanto eu esperei, o quanto eu pedi. Não posso dar para trás, pois isso seria me trair, trair tudo o que eu sempre preguei. E, acima de tudo, seria menosprezar as crianças que Deus pôs em meu caminho.

Por isso, resolvi escrever contando minha história. Para que, por meio dela, essa trajetória não caia no esquecimento e eu caia no mundo das lamentações infinitas.

Espero que te ajude. Escreva a sua. Conte a sua. Assim, daremos mais valor e veremos que, em tudo que Deus faz, há um propósito. Estamos nos fortalecendo e melhorando como seres humanos, tudo para honra e glória dEle.

Agradeça a Deus por sua história! Ela é única! Faça a diferença, pois nós cristãos não podemos agir como os outros.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Registro para dias difíceis (parte 2)

Bom, continuando minha história da semana passada...

Não, eu não fui convocada. Eles simplesmente não chamaram ninguém e nem deram explicações sobre isso. Se não fizeram isso no começo do ano, não fariam durante o ano... Era improvável...

Poxa, fiquei muito mal: continuaria sendo monitora? Não me leve a mal, eu gostava de ser ajudante, mas não era para isso que eu tinha me formado, afinal de contas. Esse emprego era para ser temporário, enquanto não virava professora, mas ter ficado nele mais tempo do que eu gostaria começou a me deixar bastante frustrada.  Quando passei, em 2010, nem tanto, mas depois, tanto em 2011 quanto neste ano, queria muito ser professora. Uma vontade muito forte mesmo. A espera foi algo angustiante, mas de muito aprendizado também.

Parecia que tudo me deixava pra baixo, até situações simples. Na escola em que trabalhava, tinha uma pasta de avisos e cursos. Cada um mais legal do que o outro. Mas eu sempre ficava triste, pois tudo era para professores...

O ser monitora era uma bênção. Aprendi muito! Mas tinha o lado ruim: não participava de decisões, tomavam decisões por mim; ficava 8 horas por dia em sala; pulava de sala em sala conforme a necessidade (e eu detestava isso, gostava de ficar na turma de sempre), e, de certa forma, nem podia dizer que as crianças eram MINHAS/MEUS ALUNAS (OS).

Eu ficava triste até quando olhava a agenda e via os bilhetes endereçados à professora da turma. Poxa, isso só confirmava: a turma não era minha e a minha turma parecia tão longe...

Mas essa espera só fez aumentar minha vontade de ser professora. No filme “Capitão América”, o personagem principal, antes de sua transformação, pergunta por que o tinham escolhido. E eles o respondem:

- Só os fracos sabem o valor da força.

Eu me via nessa definição. No dia em que fosse professora, saberia dar muito valor, pois, se tivesse sido fácil, a vitória teria outro gosto. Eu poderia até me achar se minha nota não tivesse caído no concurso, pois ela seria alta, ficaria entre os primeiros. Mas Deus disse:

- Não! Você será apenas uma das que vão entrar, e não a primeira colocada, a melhor.

Além disso, aprendi que minha convocação não dependia de mim. Muitos me deram certeza de que eu seria chamada em janeiro de 2011. Mas ninguém sabia de nada. Só Deus.

O tempo foi passando... As orações só aumentavam, mas a angústia também.

Em maio, uma luz no fim do túnel surgiu. Uma amiga da igreja, Suzana, que é professora, me disse que havia rumores de uma possível convocação naquele mês. Seriam 200. Não chegaria até minha classificação, mas já era um bom sinal.

No dia 17/5, recebi a notícia de que algumas pessoas que haviam ficado em classificações inferiores a minha entraram na justiça e conseguiram ser convocadas! Diante disso, o SINPRO (Sindicato dos Professores) se mobilizou para entrar com uma ação conjunta para que os outros aprovados também fossem chamados. Lembro-me de ligar para um amigo meu que é advogado e começar a separar os documentos necessários. Estava tão brava no telefone! Era tanta coisa! Poxa, chega desanimei... Só pensava assim: se eu tivesse entrado de primeira, não ia precisar disso.

Comecei a ler o blog no qual aquela notícia tinha sido publicada. Os advogados que haviam ganhado a causa diziam que, por haver esse precedente, seria provável que a justiça fosse favorável à ação conjunta do SINPRO. Mas as justificativas deveriam ser diferentes das que foram colocadas por eles e, de qualquer forma, até a decisão sair levariam alguns meses.

Alguns meses... Aquilo soou na minha cabeça com a força de um soco. Mais tempo? Deveria esperar mais? Ah não...

Desanimada, retornei para a página inicial do blog. De repente, uma frase em letras gigantes chamou minha atenção:

ATENÇÃO APROVADOS: AMANHÃ GOVERNO DO DF IRÁ CONVOCAR 300 PROFESSSORES!

Opa, 300? Não eram 200? Se forem 300, eu entro! Será? Será que dessa vez iria acontecer?

Espere até a próxima postagem! : )

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Registro para dias difíceis (parte 1)

Pessoal, final de ano se aproxima, o cansaço aumenta, assim como o desânimo. Resolvi escrever um registro para vocês. Na verdade, ele conta minha história, mas, no final, traz uma mensagem de ânimo. Ele será dividido em 3 partes e colocarei uma por semana. Espero que essa palavra reavive o coração de vocês. Quem sabe não estão passando pela mesma angústia? Um abraço!


Sabe, preciso confessar algo. Já tenho esse blog há 1 ano e meio e ele sempre teve o mesmo título: Uma professora muito abençoadinha. Porém, não era professora durante a maior parte deste tempo.

Calma, calma. Não se revoltem. Vou contar a minha história e vocês entenderão...

Tudo começou há muito tempo... A história é longa, mas eu vou resumir. Um dia, contarei com detalhes, mas hoje esse não é o foco.

Eu sempre fui uma menina esforçada. Nunca peguei as coisas com facilidade, mas gostava de estudar e tirava boas notas. Desde pequena, dizia que queria ser médica. Pediatra, pois amava crianças. Como vocês sabem, é um curso extremamente difícil de passar no vestibular. Mas, fui em frente.

Porém, quando estava para acabar o Ensino Médio, cheguei à uma conclusão que me apavorava já havia certo tempo: eu não queria ser médica. Não gostava de Biologia, aqueles negócios de embriologia, fisiologia, credo! Sei que parece que foi fácil ao ler por aqui, mas, na época, foi uma decisão muito complicada.

Como gostava de matemática, e não queria ser professora de jeito nenhum (eita ironia), acabei colocando no vestibular Engenharia Elétrica. Sim, que loucura! Passei e fiz 2 anos.

Antes que você queira me internar, já explico: a mudança para Pedagogia foi uma das melhores coisas que fiz. O que aconteceu foi que, durante o tempo que fazia Elétrica, me sentia um verdadeiro peixe fora d’água. Achava aquilo tudo uma bobeira, sendo que a vida passava lá fora tão linda...

Enfim, nesse meio tempo, surgiu a oportunidade de dar aula na igreja e me apaixonei! Achava lindo sentar com meus alunos, aprender com eles, receber o carinho deles...

Aí, não deu outra: mudei para Pedagogia! Fui super criticada, super chamada de louca, super zoada. Mas fiz! E não me arrependo! Desde o terceiro semestre trabalho na área. Fui monitora por 6 meses e logo fui promovida para professora. Fiquei na mesma escola por um pouco mais de 2 anos.

Porém, Deus abriu uma porta para mim em um concurso público como monitora da Secretaria de Educação do DF, cargo em que fiquei por mais de 2 anos. E foi durante este período em que comecei o blog.

Sim, eu não era professora. Mas me considerava uma: ajudava muito as crianças, cuidava delas, como se fossem meus alunos. E eles eram de certa forma, poxa vida! Hehehehe

Pois bem, no ano de minha formatura (2010), eu prestei o concurso para Professora do mesmo órgão. E fui super bem! Mas tiveram muitos recursos e, com o gabarito definitivo, a minha nota caiu bastante e a classificação foi para mais de 200. Deus sabia o que estava fazendo...

Em janeiro do outro ano (2011), fui convocada! Eba! Mas fui logo desconvocada, pois a Secretaria de Educação alegou não ter verba suficiente. Fiquei o ano todo esperando, pois queria muito, muito mesmo ser chamada! Apenas aqueles que passaram exatamente dentro das vagas é que assumiram (entre os quais eu estaria se minha nota não tivesse caído).

Mas Deus me fez esperar e sei que foi o melhor para mim. Foi um tempo difícil, eu confesso, e de muita angústia, pois as notícias eram sempre ruins: falavam que o governo esperaria o concurso encerrar e não chamaria ninguém, para assim fazer outra prova. Sempre diziam que não sairiam mais convocações, pois a verba estava apertada... Os prognósticos eram sempre os piores possíveis.

Quando chegou janeiro de 2012, estava super empolgada e ansiosa: será que minha nomeação sairia? Será que finalmente seria chamada? Bom, na próxima postagem você saberá. : )

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

4 dedos? Eu prefiro ver 8!


Sabe, todo mundo quer ser especial para alguém, não é mesmo? Todos nós queremos ser importantes na vida de outro, seja um amigo, um familiar ou até mesmo um médico. Não queremos passar despercebidos. Queremos ser lembrados, queremos que nos vejam, que saibam que não somos iguais a ninguém no mundo. Somos únicos! 

Quando olho para meus alunos, para a realidade em que eles se encontram, penso no tanto que sou responsável no seu crescimento. A maioria deles só escuta gritos e palavras negativas todos os dias. Serem únicos? Nem sabem o que é isso. E cabe a mim mostrar isso a eles, pois assim saberão o que é sentir-se especial...

Um dos momentos em que isso é possível é na hora de fazer relatórios. Para muitos, é uma chatice. Para outros, facilidade: fazem 4 modelos e aplicam conforme o jeito de cada aluno. Para mim, é um momento de reflexão. Em que paro e analiso cada um deles. Na correria, é fácil tratar todos iguais, não ver as particularidades de cada um. Mas na hora dos relatórios, é minha hora de perceber como eles são únicos e como suas qualidades merecem ser ressaltadas.

É claro que cansa. Seria bem mais fácil copiar e colar, copiar e colar. Mas, quando encerro essa exaustiva tarefa de fazer relatórios, percebo como tenho debaixo de minha responsabilidade crianças tão diversas. Defeitos? Sim, vários. Mas com tantas qualidades também! Há tantas coisas boas que temos e nem sabemos. Precisamos que alguém nos abra os olhos. E nós podemos ser esse alguém na vida de nossas crianças!

Logo, quer um conselho dessa humilde professorinha que tem muito que aprender? Faça os relatórios de seus alunos com carinho e atenção. No momento em que estiver os fazendo, você verá como cada um é diferente do outro! E como muitas vezes a gente nem percebe e perde a oportunidade de ser abençoado e de abençoar.

Pense direitinho, reflita, e escreva com o coração. Não precisa mentir, é claro, mas você verá que pode dizer muito sobre cada estudante, muito mais coisas boas do que pensava. Quem já viu Patch Adams, sabe o que é isso: muitas vezes você vê apenas 4 dedos, mas, se tentar ver além, verá 8! Que seus relatórios façam com que você veja 8 dedos e te mostrem o quanto é especial por ter estes alunos tão únicos!

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Dia do Professor!

Hoje é um dia super especial: é o nosso dia, querido(a) professor(a)! Logo, quero te dar uma mensagem de ânimo, ao invés de falar dos inúmeros problemas da nossa categoria (os quais já sabemos de cor).

Bom, esses dias eu vi no jornal a história de um pedreiro. Ele tem extrema facilidade para tocar piano. Aprendeu sozinho e, apenas vendo a forma como as pessoas tocam, consegue executar peças dificílimas. 

O talento dele chamou a atenção de seus colegas de trabalho. Eles gravaram um vídeo seu e o enviaram a uma faculdade de música. Uma professora de lá se interessou bastante e resolveu dar a ele aulas para que aprimorasse sua técnica.

Bom, e o que isso tem a ver conosco, professores? Não quero que olhemos pela perspectiva da professora de música, tampouco a do menino-prodígio. Quero que nos foquemos nos seus colegas de trabalho...

Foram os colegas do menino que repararam em seu talento. Já pensou se eles não o tivessem incentivado? Já pensou se eles não tivessem feito o vídeo? Ele seria para sempre um pianista amador. Mas não: seus amigos viram nele algo especial e resolveram ajudá-lo. E eis aí o resultado: uma reportagem inteira dedicada ao pianista-pedreiro. E mais que isso: ele teve a chance de sonhar mais alto e se tornar um músico profissional.

Sabe, vendo aquele jornal, Deus pôs no meu coração algo que vale para todos nós: Lívia, a responsabilidade nas suas costas é grande. A maior parte dos alunos que passará por sua mão não terá ninguém para reparar neles, a não ser você. Muitos terão talentos, facilidade em conteúdos difíceis, e se não for você, você a reparar, você a extrair o melhor deles, muitos continuarão no anonimato, desperdiçando sua inteligência no mundo das drogas, da prostituição, ou não, trabalhando honestamente, mas aquém do que poderiam ser. Você pode mudar o rumo da história deles! Se não for você, pode ser que ninguém lhes dê uma chance e eles apenas passem pela vida, ao invés de vivê-la em seu máximo!

Querido colega de trabalho: a responsabilidade nas suas costas é grande! Mas sabe por quê? Lembre-se daquela famosa frase do Tio Ben, de Homem-Aranha: GRANDES PODERES TRAZEM GRANDES RESPONSABILIDADES. A responsabilidade é grande porque cada professor tem um grande poder!

Você tem esse grande poder, essa missão, esse privilégio, na minha visão: a de trabalhar com vidas! De poder impactá-las! De extrair o que elas têm de melhor, de incentivá-los, de ver no que são bons e acreditar neles! Não deixe de fazer isso! Jamais! 

Poder ser que, infelizmente, seus alunos tenham apenas você do lado deles. Nem a família, nem a direção da escola, nem suas famílias, nem eles, para ser bem sincera, acreditam neles. Mas você pode fazer a diferença, fazer com que saiam de pedreiro (com todo respeito a essa digna profissão) para assim alcançar lugares cada vez mais altos!

Parabéns, meu caro colega, minha cara colega! Parabéns por acreditar em uma profissão tão nobre e cheia de desafios! Ela não é para qualquer um: só para quem tem grandes poderes! Pois ela requer grandes responsabilidades! 

Parabéns, não há nada mais belo do que ser professor e você merece toda a homenagem do mundo, pois você é um super-herói! Você voa e ensina outros a voarem. Você tem visão de Raio-X, pois enxerga o que ninguém vê. Você sai de um lugar e vai para outro em segundos, e ainda leva de carona uma turma toda! Você trabalha o dia todo, dá o melhor de si, e ainda tem pique de chegar em casa e fazer comida, arrumar tudo, cuidar de mais meninos e fazer suas coisas! Você desanima, às vezes quer entregar os pontos, mas no fim dá a volta por cima e recomeça tudo com muito gás! Você reclama, mas no fim sempre dá o seu melhor por seus alunos! Você não é de ferro, mas parece que é! 

Agora me diz, super-heróis não existem? Existem sim: você é um deles! Sem identidade secreta, pois dá a cara para bater sem medo de mostrar o rosto!

Parabéns! Parabéns para nós! Parabéns para você! Feliz dia do Professor, meus caros super-heróis!


quarta-feira, 10 de outubro de 2012

As meninas engraçadinhas


Olá pessoal! Mais uma sobre as letras! Boa alfabetização! Semana que vem postarei sobre o Dia dos Professores! Até lá, Deus vos abençoe!


A letra L e a letra U eram grandes amigas. A letra L admirava bastante a letra U e sempre gostava de imitar seu som quando podia. Eram tão inseparáveis que viraram o tormento dos pobres professores de Lendescrevendo (e dos daqui também).

Quando as crianças começavam a aprender mais coisas, escrevendo frases e textos, sempre se deparavam com essas duas travessas. Colocavam o U, mas era o L. Aí, então, em outra palavra, colocavam o L, mas era o U. Era de enlouquecer!

As duas letrinhas amigas ficavam era achando graça. Divertiam-se com esses erros. Quando os professores pediam para que elas parassem com isso, a letra U, bem atrevida, dizia:

- Ah, professores, fala sério. Pensem pelo lado bom: para saber se terão de me usar ou se será a letra L, eles terão que estudar mais, ler mais, escrever mais, para assim aprenderem. Não é tudo que vocês queriam?

Mas olha, que menina difíciu! Opa, difícil. Está vendo, só? Essas duas, confundem até a escritora...

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Meu amigo piano! : )


Quem me conhece sabe que amo crianças. Mas sabe também que uma das minhas grandes paixões é a música.

Lembro-me, aos risos, quem em toda meta minha de começo de ano colocava aprender um instrumento. Ficava entre quatro: flauta, bateria, violão e piano. Nunca conseguia por em prática. Ou era falta de tempo, falta de dinheiro ou os dois.

Mas eis que, após minha formatura, em 2010, eu decidi: vou começar a fazer um instrumento. Queria muito fazer violão, pois iria achar o máximo sentar com meus alunos em roda, tocando e cantando.

Só que umas das matérias que fiz na universidade no último semestre foi Canto Coral e era lindo quando os pianistas sentavam no banco, davam o “dó maior” a pedido do maestro e tiravam aquelas melodias tão perfeitas! Se já achava o piano magnífico, depois dessa classe então... Logo, decidi: meu eleito era o piano!

Enfim, no dia 4 de fevereiro de 2011 coloquei esse meu sonho em prática. Claro que gostaria de ter começado antes (eu até fiz piano quando era nova, mas, naquela época, a imaturidade me impediu de aproveitar adequadamente), mas não deu. Claro que, com minha idade (25 anos), já gostaria de tocar muito, mas, não deu. Logo, mesmo agora, resolvi por minhas “mãos a obra” (literalmente hehe).

E quero dizer que, mesmo fazendo piano depois de velha (hehe), estou amando e não poderia de, em uma forma de homenagem, escrever uma crônica dedicada a ele. Humildades palavras perto de um instrumento tão lindo. O piano me fascina por várias coisas e gostaria de mostrar alguns motivos:

1) Aprender piano é surpreendente. E muito difícil. Não pense você que eu gosto porque sou boa. Estou longe disso. Tenho dificuldade em aprender, mas nem por isso irei desistir.

Porém, a questão é: tem um monte de nota para tocar com a esquerda, um monte com a direita e todas diferentes. E ao mesmo tempo. E no ritmo certo. Aí, quando você aprende a fazer tudo direitinho, depois de tocar de mãos separadas umas 20 vezes, eis que a professora diz:

- Hmmm Está bom, mas agora faça as nuances. Olha, aqui nessa parte é forte, aqui já é piano, aqui mezzopiano, aqui mezzoforte, aqui vai crescendo, aqui vai diminuindo a intensidade, essa parte é rápida, essa aqui já é lenta, aqui o compasso mudou de tempo, aqui dá uma paradinha...

Pow, aí você murcha todinho. Eu já estava me achando A boa aluna, e, quando eu vejo, só fiz 10%...

Mas isso é bom: aí você pára, faz o que é pedido, você se torna mais sensível sonoramente falando e, sabe, fica tudo bem mais lindo com essas “nuances” difíceis. Vale a pena! E isso que torna a música tirada do piano algo tão belo!

2) Tem que ir devagar. Isso é, se você não tem dom nem facilidade como eu. E isso vale até mesmo quando estou com meus alunos. Tento passar-lhes o que eu, como aluna, também aprendo. Mesmo em meio às dificuldades, é preciso continuar, não desistir e se dedicar. Há coisas que fazemos e que apenas com muito tempo chegaremos a um bom resultado. Com o tempo, melhoramos, e é tão bom ver que, em algo em que éramos tão lentos, agora estamos mais rápidos! Com o tempo e dedicação, tudo vai se encaixando.

Piano é um instrumento lento. Não se aprende em poucos meses. Meu sonho é o dia em que sentarei e tocarei qualquer música que me pedirem. E as que eu quero também, como as do filme da Disney e do Fantasma da Ópera. Mas isso levará tempo... Talvez anos... Mas é meu sonho e peço a Deus para não desistir!

3) Nada é o que parece. O ditado "Não julgue o livro pela capa" cai em harmonia perfeita quando o assunto é música. Você pega uma partitura e olha: "Nossa, essa é moleza". E é super difícil!

Por outro lado, você pega outra e pensa: Ixi, essa aqui vai demorar pra eu conseguir tocar. E você aprende rapidinho!

4) Minha rotina é muito agitada... Sempre fazendo muitas coisas, chego em casa, corro, engulo a comida e saio de novo. É raro o dia em que sento e não faço nada (para falar a verdade, nem me lembro da última vez em que fiz isso. Aliás, eu já fiz isso? Hehehe).

Mas, quando é minha hora de treinar, parece que tudo pára. Os problemas ficam no cantinho, e a cabeça só tem um foco: a partitura. É um momento meu, no qual tudo fica em segundo plano. É minha hora, quando "mudo de assunto", meu momento comigo mesma, aquela hora em que eu e meu amigo piano conversamos e eu me sinto tão bem.

Nós, professoras e professores, passamos boa parte de nosso dia pensando e fazendo coisas pelos outros. É bom parar tudo e fazer algo por nós também. A gente também merece! E meu momento é esse: quando toco...

5) E sabe o motivo pelo qual eu amo crianças e piano? Sabe quando você está andando, cabeça focada, cheia de problemas e, de repente, vê algo magnífico e se paralisa? É assim que me sinto com meus alunos e a música.

Você está lá em sala de aula, cheia de coisas, preocupada e, quando pensa que não, você vê algo que eles fazem que te paralisa, te tira do chão, te dá aqueles minutos de alívio em meio à agitação...

A música para mim é assim também. Aquela melodia envolvente... Aquele som perfeito... Não há como não fechar os olhos, paralisar e se deixar embalar pelo som. Você viaja, como se estivesse em uma massagem relaxante... Paralisante... Espetacular!


É isso! Um dia chegarei ao ponto em que quero! Espero que você ache aquilo que te paralisa! E olha: nunca é tarde demais para começar!

Deixo esse vídeo abaixo com uma música perfeita: Divenire, de Ludovico Einaudi, que uma amiga me indicou. Sente, aprecie e deixe-se paralisar...

PS.: Espero ansiosamente o dia em que conseguirei tocar esta música! Linda demais!





quinta-feira, 13 de setembro de 2012

As irmãs U e Q

Continuando... Nossa série sobre letras! Essa vai em homenagem a minha irmã! Cris, adivinha quem é a letra Q e quem é a letra U? Te amo maninha!

.  .  .

Era uma vez duas irmãs: a letra Q e a letra U. Elas eram bem diferentes, nem pareciam que eram filhas do mesmo pai e da mesma mãe.

A letra U era a mais velha, toda cheia de si. Gostava de andar no meio da família do G e das outras vogais. 

A letra L era sua melhor amiga. Eram tão amigas que, às vezes, o L dava na cabeça de querer ter som de U (mas isso é outra história). 

O lance da letra U era tentar estar em todas, seja numa vaia (Uuuuu), num uivo (Auuuuuuuuu), numa escorregada (Ui!), numa cantada (Uh, lá, lá).

Já a letra Q era a típica irmã mais nova: mais quietinha, mais dengosinha, mais tímida, quase não aparecia. Mas, onde quer que fosse, sempre tinha que ir com sua irmã. Só ia se fosse com ela. Jamais andava sem a letra U. Se era pra fazer um quáck quáck, se o Q estava, já puxava sua irmã U. Se era pra escrever quarta ou quinta, se era com Q, então a letra U tinha que ir junto. 

A letra U às vezes se aborrecia: poxa, quanta dependência! Mas aí a letra Q fazia biquinho, começava a querer chorar, e dizia:

- Mas querida maninha, eu te amo! Poxa, eu nem estou pedindo pra você largar suas amigas... Só queria que você me acompanhasse! Eu nem saio muito! Se quero você sempre do meu lado é porque sem você eu não consigo ser eu mesma. Sem você, eu não seria o Q. Seria o K, o C, mas não o Q. Você me ajuda a existir!

Aí, desse jeito, quem é que aguenta? A letra U abraçava sua irmãzinha e dava as mãos para ela. Que cena mais família!

A letra U continuava andando com suas outras amigas, mas sempre dava um jeito de aparecer com sua irmã onde quer que ela fosse! Que amiga-irmã inseparável a letra Q tinha!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Uma professora muito abençoadinha em: hoje estou estressadinha!

Sabe, em minha jornada como professora, há dias em que desanimo. Falo com meus alunos do jeito que não deveria, sou menos paciente do que gostaria (e deveria) ser.

Só que, ok, sei que estou errada quando fico brava, mas, poxa, nós também fazemos tanto por eles, né? Levamos surpresa, introduzimos fração com chocolate, fazemos festinha todo mês para os aniversariantes, damos prêmios para aqueles que se destacam em diversos campos (e não só no cognitivo), inventamos gincanas, trabalhamos na escola e em casa (a contragosto de nossos maridos, namorados e pais)... Arrebentamos nossa voz, ficamos com o corpo todo dolorido, abrimos mão de muitas atividades nossas por eles, e parece que eles nem são sensíveis a isso, não dão valor a nós. Poxa, isso acaba comigo...

Hoje mesmo... Minha voz está péssima. Descobri ontem que preciso fazer terapia vocal. Estou preocupada com a saúde de minhas cordas vocais, pois, se Deus quiser, tenho uma grande caminhada pela frente como educadora. Se estou assim agora no começo, será que chegarei até o fim? Soma-se a isso a secura de Brasília, a poeira no local onde eu trabalho, a pressão de final de bimestre, relatórios, ensaios para a Festa das Regiões... Enfim, cheguei à sala, compartilhei com eles minha situação. E nada. Nada de cooperação, nada de bom comportamento. O pouco que tinha de voz foi-se embora.

Quando acabou a aula, fiquei com tanta raiva, que pensei: “Nunca mais vou trazer nada diferente para eles. Minha turma não merece. Que meninos difíceis!!!”.

Mas, na hora, Deus colocou em meu coração um versículo: "Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo coração, como para o Senhor e não para homens." Colossenses 3:23

Poxa, isso entrou bem fundo em minha alma. Sabe, nós, cristãos, somos privilegiados. Muitos professores desistem da sala de aula exatamente porque se frustram com seus alunos e a falta de interesse e de apoio deles. É, gente, é difícil. Ser professor é muito complicado, ainda mais em nossa realidade: pais despreparados, que não sabem educar seus filhos, mas ensinam-lhes muito bem seus direitos. Os deveres não. Crianças cheias de problema de aprendizagem, cheias de problemas, cheias da gente também.

Mas nós cristãos não fazemos o que fazemos pensando neles (somente). Pensamos em Deus em primeiro lugar. Não damos o nosso melhor, não levamos coisas diferentes, não procuramos formas diversas e criativas porque temos que ser os melhores funcionários. Isto também. Mas devemos pensar mesmo é em Deus.

E isso me animou. Claro que depois a raiva passa e olho pra minha turma com o mesmo amor de antes. Mas a verdade é essa: quando estiver em sala, seu foco é Deus. Quando estiver planejando, seu foco é Deus. Quando estiver preenchendo diário, seu foco é Deus. Tenha sempre isso em mente e, assim, você não irá se frustrar, pois nosso Deus, ah, Ele sim é digno de nosso melhor!



quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Ahhhhhhhhhh, letra H!


Pessoal, mais um conto sobre letras e seus sons! Um grande abraço!


Lá vai a letra H... Coitada! Por onde passa é criticada, por onde passa ouve brincadeirinhas... 

“E aí, Zé ninguém!”. 

“E aí, zero a esquerda”.

“Como vai, miss ‘sem som’!”.

“E aí, sua sem graça!”.

“Hi, não tem personalidade não, é? Só vive em função do som dos outros?".

Pobrezinha da letra H... Caminhava, pensava, ficava triste, e nada melhorava a sua dor.

Um dia, estava inconsolável. Chorava até soluçar! É porque tinha passado pela letra X e ela tinha falado coisas horrorosas! Vê se pode um negócio desse? Olha como foi:

- Oi H. E aí, como vai sua vidinha?

- Oi X. Eu estou bem.

- O que? Não te escutei, você não fez nenhum som. Hahahahahahahahahaha Coitadinha de você... Onde é colocada é invisível, nem percebem sua presença. Já eu, não só tenho meu próprio som, como também faço, às vezes,  som de S, de Z, de CS, isso só pra falar de alguns. Eu sou muito chique! Quer algum som emprestado? Hahahahahaha

- ... Buááááááá

Nossa, a letra H ficou arrasada... Chorou até ficar vermelhinha...

Mas, para nossa alegria, passava por ali a meiga e gentil G. Ao ouvir sua amiga tão inconsolável, foi logo dizendo:

- O que foi querida? Para que esse chororô?

- Ahhhhhhhhhhhhhhh letra G. Eu não sirvo para nada! Ninguém me escuta (literalmente...). Eu praticamente não existo. Eu não sou nada. Se fico perto do A, faço som de A. Se fico perto do O, faço som de O. Para que eu nasci?

- Mas H, você é única e especial! Só está vendo pelo lado negativo... Você pensa que, quando está ao lado do I, você faz som de I e pronto. Mais nada. Eu já vejo por outro ângulo: já penso que você é tão legal, e tão querida por todos, que, mesmo ao lado de um amigo, ele pode ser ele mesmo, sem mudar de som. 

- Ahhhh. É, eu não tinha pensado por esse ponto...

- E outra: o que seriam das palavras com NH, LH e CH sem você? Você é o máximo! As letras N, L e C te amam. Com você, elas se tornam melhores e podem produzir um som diferente dos que elas já têm. Você é uma letra extremamente necessária!

- Ahhhhhhhhhhhhhhhhh G, você é a melhor!

- Que isso, amiga! Você é tão amada que, quando as crianças estão aprendendo a escrever, muitas me confundem com você. Ao ouvir um dos meus sons, como em gaiola, papagaio, gosto, elas acabam colocando você, pois seu nome lembra um pouco esse meu som: agá. Se tinha alguém que deveria estar chateada, esse alguém era eu, poxa! Hahahahahaha

- Hahahahahahahahaha.

E, assim, as duas saíram conversando e tagarelando pelas ruas do país Lendescrevendo, felizes e contentes por saberem de sua importância sonora...

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A senhora S

Depois de um recesso e de muitas mudanças em minha vida (mudanças excelentes por sinal! Compartilharei com vocês depois...), o blog está de volta a todo vapor! Uhuuuuuu! Com vocês, o segundo texto sobre a série do alfabeto!


   Em um país chamado Lendescrevendo, na região da Letrolândia, ao sul de Fonemas e ao norte de Grafemas, bem na fronteira com Soletrando, vivia uma senhora sábia e sorridente: a senhora S.

  Por onde passava, todos já sabiam que ouviriam aquele som: Ssssssssssssssssss Ssssssssssssssssssss. Às vezes, ela era tão querida que era requisita em algumas palavras 2 vezes seguidas. Isso mesmo: na mesma palavra, apareciam 2 S juntos. Pode um negócio desse?

   De tão sábia e com um sorriso tão sensacional, alguns tinham muita inveja da senhora S e queriam imitá-la! Ela tinha uma sobrinha, a pequena menina Ç, que queria porque queria ter o som da senhora S. Ela tentava convencê-la a mudar: 

- Minha querida, sua mãe, a letra C, ficará chateada. 

   Mas não adiantava: onde colocavam a menina, só saía o som Sssssssssssss. E ela ainda respondia:

- Que chateada que nada, tia. Minha mãe, vez ou outra, gosta de te imitar também.

   Fazer o que, né? A senhora S só ria, com sua risada gostosa: Sasasasasasa.

   Outra letra imitona era a letra Z. Ela tinha seu som, o Zzzzzzzzzzzz, mas, de vez em quando, dava na cabeça de ter o som da senhora S. Fala sério!

   As outras letras não gostaram. Resolveram se reunir e começou a discussão:

- Eeeeeeu não concordo. Não é possível algo assim. Cada letra tem que ter seu som e não pegar o som das outras! – disse a letra E, toda espivitada.

- Ah, eu não concordo. Qual o problema de querer ter o som dos outros? Não são todos que são iguais a você, letra E, que tem 2 sons, um aberto e um fechado, é toda resolvida, é uma das vogais. Poxa, há outras letras nesse mundo e algumas delas têm problemas sonoros. E precisam de amigas ao seu lado para que outros as escutem. Poxa vida! – disse a letra H, chorando amargamente, com o rosto vermelho e de muito mau humor.

- Aaaaaaah não! Está errado, pessoal. Cada um tem que cuidar de sua vida. E de seu som. Não concordo: essa história da Z, Ç e da letra C ficarem pegando som dos outros, para mim, é roubo! – disse a famosa letra A, que nunca se importava muito com o sentimento dos outros. Afinal, estava em todas e todos precisavam dela (mesmo que não quisessem).

- Pppppperai! Roubo não, A. Que isso! Vai com calma. Não acho que é roubo, mas temos que resolver essa história. Daqui a pouco vira palhaçada, um querendo ser o outro e ninguém vai entender nada – disse a letra P, tentando ser pacífica, mas, sem querer, colocando mais lenha na fogueira.  

   Nisso uma letra começou a brigar com a outra, trocando acentos e til entre si, e falando palavrões. Que confusão sonora! A letra Z e C se acusaram de invejosas e começaram a puxar os cabelos.

   No meio disso tudo, chega a sábia senhora S, serena e sorridente como sempre. E foi logo dizendo e fazendo seu ssssssom de sempre:

- Pesssssoal, pesssssoal, calma! Relax... Que estressssssse! Olha, eu não ligo de pegarem meu som. Fico até lisonjeada e...

- Mas isso é iiiiiiiiiiiijusto, S! – disse a letra I, interrompendo a senhora S de forma ignorante.

- Olha, vamos fazer assim: já que vocês acham injusto, que tal fazermos um trato? A letra C é minha irmã e a Ç é minha sobrinha. Não ligo se elas usarem meu som de vez em quando. Elas são da minha família. O que é meu é delas.

- E a letra Z? – disseram as outras letras (menos a letra Z, que estava torcendo para não ser lembrada).

- Hmmmm Fazemos assim então: a letra Z pode usar meu som. Às vezes. Mas, em troca, eu também quero usar seu som de Zzzzzzzzzzzz. Às vezes. Pode ser? Fechado?

  As letras conversaram, cochicharam entre sim. A letra Z fez que sim com a cabeça e todos acabaram apertando as mãos e fazendo as pazes.

  Desde esse dia, as letras começaram a fazer acordos entre si. Umas nem quiseram imaginar tal hipótese, mas outras deixaram que suas amigas usassem seus sons (às vezes). Umas até se juntaram para formar o som de outra, como o CH. A briga acabou gerando, no final, mais união!

   Pobre de nós na hora de escrever... Haja dicionário para saber se uma palavra é com S, Z, Ç, C, ou G e J, ou CH e X...

   Essas letras... Surpreendem-nos mais e mais!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Evangelismo? Agora tô dentro!


   Era uma noite fria. Parecia que ia chover. Um sábado à noite. Como de costume, haveria reunião dos jovens em minha igreja. Porém, seria uma reunião diferente: um Impacto Evangelístico, com teatro dos jovens e adolescentes.

   Bom, eu não sei você, mas eu sempre tive pavor desse “tipo de coisa” (como eu pensava). Deixe eu me explicar: evangelizo e falo de Jesus às pessoas ao meu redor. Procuro com minhas atitudes sempre revelar o caráter de Cristo. Claro que estou muito, muito aquém da perfeição. Mas tento seguir os passos de Cristo e cumprir sua ordem de pregar o evangelho a toda criatura. Como acredito ter chamado com as crianças, elas são sempre meu maior alvo no evangelismo.

   Porém, uma coisa é evangelizar um amigo, alguém próximo. Outra bem diferente é estar em um impacto evangelístico, esperar o apelo ao final e chegar próximo a uma pessoa que você nunca viu, tentar pegar seus dados, conversar sobre Jesus e orar com ela. Para quem tem este dom, é algo simples. Mas eu tinha uma barreira quanto a isso... E Deus, nesta noite fria de um sábado, me mostrou algo...

   Meus pais, neste dia, iriam visitar minha avó e me chamaram. Eu confesso que quase fui, mas senti que Deus queria minha presença lá. E foi uma das coisas mais lindas que eu já vi! Sabe, a gente que é cristão, ainda mais eu que tive o privilégio de nascer em berço evangélico, nos acostumamos muito fácil com o sacrifício de Cristo. Achamos algo normal o fato dele ter morrido por nós... Se agora, no exato momento em que você lê este texto, alguém te dissesse que o Barack Obama morreu, você certamente pararia tudo e ficaria chocado. Começaria a ler reportagens, ligaria a televisão para ver o jornal, ficaria “de cara”. Mas não ficamos mais assim com o passar do tempo na caminhada cristã... O sacrifício de Jesus parece algo distante e sem muita importância.

   Quando comecei a ver as peças, a emoção dos atores encenando, foi difícil conter as lágrimas. Ver como o pecado nos afasta de Cristo, nos amarra, nos faz marionetes do Diabo, nos impede de chegar até Jesus... Mas como é lindo vê-lO nos perdoando, levando o castigo que era nosso, e tudo isso por amor... Sendo cravado numa cruz, açoitado, e tudo isso para nos livrar... Livrar da escravidão do pecado! 

   E na hora do apelo, vendo os braços se levantarem, pessoas se decidindo em aceitar Jesus, ou como boa calvinista que sou, confirmando sua eleição? É de arrepiar! É lindo demais ver e sentir o amor de Deus! Ver como Jesus transforma a vida das pessoas, muda o rumo... Ver, na minha, vida o seu agir todos os dias. O seu cuidado, proteção... Em Isaías 53:10 diz que: Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão.

   Ver muitos irmãos de minha igreja reunidos neste dia, ajudando na distribuição de panfletos (até mesmo algumas de minhas crianças do coral); ver uma adolescente do teatro em lágrimas por poder ser usada na conversão de pessoas; Deus tirando minha vergonha em chegar e chamar desconhecidos para a quadra onde se daria a peça; ver que toda aquela barreira que eu sentia de incapacidade, do tipo “até parece que eu dou conta disso”, caiu... Poxa, é muito bom! Se Deus fez isso na minha vida, acredite, fará na sua! Você acha que terá vergonha, mas na hora, sem perceber, chegará perto das pessoas, conversará e, inclusive, irá querer se aproximar de quem levantou a mão para aceitar Jesus e falar do plano da Salvação de uma forma mais completa.

   E tudo isso me fez reviver a emoção de ser de Deus. De saber que me amou tanto que seu Filho morreu na cruz por mim! Até me deu vontade de sair gritando (igual as jovens da peça, quando Jesus as libertava dos pecados e as trazia para perto de si com ternura): Eu sou livre! Jesus me tornou livre das amarras do pecado!

   Como não deu para sair gritando lá, faço aqui mesmo: EU SOU LIVRE! JESUS ME LIBERTOU! ALELUIA!

   Irmãos, espero que vocês se sintam encorajados após meu testemunho. Não fujam de um impacto evangelístico, como eu quis fazer. Deus quer te usar e irá trabalhar em sua vida a vergonha, a falta de compromisso com sua ordem de propagar Jesus e, mais do que isso: irá te relembrar do seu grande amor, que jamais, JAMAIS, pode ser tratado por nós como algo sem importância. 

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Esse R!

   Pessoal, trabalhar com alfabetização todos os dias nos faz pensar demais nas letras! Logo, vou começar a publicar poemas e historinhas sobre elas. São ideias minhas que surgem quando passo o alfabeto com meus alunos ou monto palavras com eles. Critiquem, sugiram mudanças, vejam se a linguagem está adequada à das crianças, se elas entenderiam... Quem sabe, um dia, não junto todas as que eu estou escrevendo e publico um livro? Sonhando, sonhando...

   O primeiro é sobre a letra R. Um abraço e boa semana a vocês! 



Esse R, esse R
Que dorrrr de cabeça ele me dá
Se no começo da palavra, seu som é Rrrrrr (igual em Rrrrrafaela)
No final, epa, de novo,  o som Rrrrrrr é que vai se mostrar (igual em amarrrrr)


Esse R, esse R
Que marrrr de sons é esse a surgir?
Se no meio da palavra, com um vogalzinha, a língua treme (igual em sirene)
Sem ela, sozinho, no meio, o Rrrrr voltamos a ouvir (igual em servir)


Esse R, esse R
E se diferente eu quiser fazer?
Quero, no meio, sem estar sozinho
Com uma volgalzinha, o Rrrr eu quero perceber


Esse R, esse R
Tão metido assim ninguém nunca escutou!
Se quisermos escutar o Rrrrr no meio, com uma volgazinha
Dois R teremos que por e o Rrrrr arrebentou! (igual em arrasou)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Um assunto polêmico


   Pessoal, na semana passada, tive uma surpresa. E não foi das boas. Recebi um vídeo de um colega a quem tenho muito apreço e até o tinha como referência espiritual, já que é um conhecedor da Palavra e sempre gostou de trabalhar na igreja, fazendo tudo com esmero.

   Neste vídeo, ele confessa ser homossexual. Fiquei pasma, porque, além dessa surpreendente declaração, ele diz acreditar ser possível um relacionamento homoafetivo debaixo da bênção de Deus. Ele diz ter tomado essa decisão em “total dependência de Deus”, sem “distorcer a Bíblia” (suas palavras).

   É... Uau! Não vou mentir: este é um tema que me preocupa. A mídia o propaga como algo normal e que deve ser aceito. Mas nós evangélicos precisamos nos posicionar quanto a isso. Preste atenção: não quero, de forma alguma, defender a prática da violência contra os homossexuais. Com certeza, isso não agrada a Deus. Porém, o homossexualismo é pecado e, como diversos outros temas, deve ser tratado não com socos, assassinatos e xingamentos, mas com civilidade e, claro, à luz da Bíblia.

   Nessas horas, penso muito em meus sobrinhos e alunos, tanto da igreja quanto os da escola. Como essa informação sobre relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, que aparece em jornais e novelas, é processada em suas cabecinhas? Qual opinião terão sobre isso na sua fase adolescente/adulta? Será compatível com a Bíblia? O que a igreja tem feito para ajudar? O que você como cristão tem feito? O que EU tenho feito? Confesso que pouco... Mas tentarei começar com este texto!

   Para tentar ajudar este colega, fui conversar com alguém que é a pessoa mais indicada nestes casos. E não é um psicólogo, nem um psiquiatra. E sim um pastor (no caso, o de minha igreja).

   Contei a ele todo o conteúdo do vídeo e pedi um conselho sobre o que dizer a ele. Como irmã em Cristo, não quero julgá-lo, como se seu pecado fosse pior do que os meus. Tampouco quero ofendê-lo. Isso não seria sábio de minha parte. Quero sim exortá-lo à luz da Palavra de Deus, com a qual ele diz querer pautar sua vida.

   Os conselhos dados pelo pastor de minha igreja foram excelentes! E quero compartilhá-los com vocês. Em sua maioria, eles não servem apenas ao homossexualismo, mas também a outros pecados e fraquezas, tais como ciúmes, inveja, língua fofoqueira, sexo antes do casamento etc.

   Vamos conhecê-los?

1. A minha fé não tem por base o que eu sinto. Não adianta eu falar: “Eu orei e Deus falou ao meu coração. Eu senti que Ele me disse que posso me relacionar com alguém do mesmo sexo e isso não é pecado”. Resposta errada! A nossa fé deve ter por base a Bíblia! Não é o que eu acho, eu sinto, é o que a Bíblia diz.

2. Acreditar em coisas desse tipo: “É possível uma relação homossexual debaixo da bênção de Deus” é mentira que o Diabo conta para nos enganar. Quando a serpente enganou Eva, não disse a ela que se comesse do fruto iria morrer. Ele disse que ela seria igual a Deus! Logo, ele não te dirá que homossexualismo é pecado e que desagrada a Deus. CUIDADO! O diabo quer enganar você!

3. Existe a prática homossexual e não o ser homossexual. Deus não fez ninguém assim. Ele fez o HOMEM para ser homem e a MULHER para ser mulher.

4. Para se ver livre do pecado e das tentações, devemos seguir o que a Bíblia diz, e não entregar os pontos e achar que seu pecado não é pecado e que é algo normal. O que fazer então?

- Confesse! Pecado não se justifica. Pecado é para ser confessado!
- Encha-se do Espírito Santo!
- Ore! Muito! E mais um pouco!
- Fuja das tentações! Você tem uma fraqueza em alguma área? Cerque-se, não deixe nenhuma brecha que o leve a cair!

5. Além de reconhecer e confessar seu pecado, peça ajuda. Mas não a qualquer um. Pecado não se trata com terapia. Terapeuta quer que nos sintamos bem conosco mesmos. Já um conselheiro espiritual, seja um pastor ou alguém de grande conhecimento bíblico de nossa confiança, quer nos moldar para sermos mais parecidos com Deus, nem que para isso tenhamos de ser desconstruídos.

6. Deus cura nossas fraquezas! Em 1 Coríntios 6:9-11 está escrito: 

Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; MAS vós vos lavastes, MAS fostes santificados, MAS fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito de Deus”. 

   Segundo Piper, o evangelho é o MAS de Deus. O mundo pode dizer que você sempre será assim: invejoso, impuro, ciumento, homossexual... MAS, Deus muda! Tudo é curado na presença do Senhor. Uma pessoa verdadeiramente convertida, e não convencida do evangelho, muda. Acredite!
   
   Queridos, esse é um assunto polêmico, mas do qual, como cristãos, não podemos fugir. O pastor de minha igreja costuma dizer, baseado em seus estudos bíblicos e em autores teológicos, que "Se a Bíblia não nos aproxima de Deus, ela torna o inferno mais quente para nós". Isso é uma frase forte e séria. Trate este assunto da mesma forma! Leia a Bíblia com consciência! Creia que Deus pode nos mudar. E que Deus te abençoe!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Uma Professora muito Abençoadinha em: Isso não vai dar certo!


  Era uma vez uma Professora muito Abençoadinha. Ela era bem maluquinha, mas, como sabia que tudo a sua volta era de Deus e dado por Deus, se achava bem abençoadinha por Ele lhe ter dado essa profissão de presente. 
   Um belo dia, em sua cidade, resolveram organizar uma Bienal do livro. E olha que máximo: alguns alunos seriam escolhidos para gastar, cada um, 40 reais com livros e o professor também ganharia um crédito de 80 reais para livros de sua escolha! Uau, que fera! Quando perguntaram quem queria participar, claro que ela topou na hora.
   Mas, eis que o diretor de sua escola a chama para uma conversa:

- Professora, amanhã é o dia de ir à Bienal. Bom, você sabe como vai funcionar, certo?
- Sim. Cada aluno ganhará um cartão com crédito de 40 reais e comprará os livros que quiser.
- Hã, não. Não é bem assim. É apenas um cartão, com o crédito de 400 reais para um grupo de 10 crianças e o seu de 80 reais. Você terá que preencher um controle com o gasto de cada criança para prestação de contas. E cada vez que passar o cartão, terá que guardar o ticket. E escrever o livro que cada criança comprou. E prestar um relatório de todos esses gastos. E...
- Eita, espera aí. Vou ter que anotar o nome de cada livro que eles comprarem? Mas serão muitos! Cada um comprará uma média de 3 a 4 livros, porque lá é tudo baratinho.
- Hã, sim.
- Nossa, mas é muita coisa! Será que vai dar tempo? E se eu perder um ticket? 
- Bom, isso não pode acontecer.
- Aff, desanimei... 
- Ah, tem mais uma coisa...
- O que?
- Você irá com 6 alunos da turma da Val e com 4 da turma da Tânia. Eles é que foram sorteados. Elas irão acompanhá-los, mas você que passará o cartão e será responsável por eles. 
- Ué, mas como assim?  Ficará confuso: terei que correr de um lado a outro para passar o que cada turma quer, e escrever o nome de um monte de livros, e controlar quanto cada um ainda terá e... Seria mais fácil se fosse uma turma só... Ai! Isso não vai dar certo!
- É professora. Você se dispôs a ir, mas são essas as condições. Boa sorte!

   E lá foi a professora ansiosinha para sua sala... Como seria o outro dia? Estava tão animada para o passeio, mas não desse jeito... E se algo desse errado? Será que ela daria conta desse desafio? Poxa, o outro dia não seria bom.
   Bom, ansiosa a professora abençoadinha é, mas também é uma mulher de oração. Pôs nas mãos de Deus e pensou: “Ah, seja o que Deus quiser! Se eu ficar preocupada, não vai mudar nada mesmo...”. Orou e relaxou...
   No outro dia, acordou com o coração em paz. Só Deus mesmo para fazer isso! Foi para a escola tranquila e, senhor passeio, “aí vamos nós”.
   Chegando lá, não é que Deus a surpreendeu? Foi difícil, cansativo, passou muitas horas em pé. Quando os alunos de Val escolhiam o livro, corria lá, anotava um por um, dizia quantos reais eles ainda tinham e passava o cartão. Quando os alunos de Tânia decidiam, ela ia lá e fazia o mesmo. Suou, pingou, enfrentou fila, fez conta, ufa! Mas deu conta de tudo! O desafio foi dado e a missão cumprida, graças a Deus!
   E, no meio dessa confusão toda, ainda deu tempo de reparar em várias coisas legais: os alunos de suas colegas, ao invés de gastarem seu crédito e seu tempo de escolha (que era curto) apenas com eles, aproveitaram para comprar livros para seus pais, mães, irmãos e irmãs. Muitos gastaram metade do seu dinheiro comprando para a família! Ao invés de aproveitarem essa oportunidade única (que dificilmente acontecerá de novo e, se acontecer, provavelmente eles não serão escolhidos novamente) comprando algo exclusivamente para eles, não, resolveram beneficiar sua família. Que gracinha!
   E ainda a professora abençoadinha, mesmo tendo que controlar os gastos de 10 alunos e vigiar para onde iam, ainda teve tempo de dar uma espiadinha e achar um stand com um livro de sua “irmã” inspiradora: uma história em quadrinhos com “As aventuras da Professora Maluquinha”, que é simplesmente demais!




   Viu? Tem dias em que achamos que dará tudo errado... E acabamos nos surpreendendo! O passeio não só deu certo, como ela ainda ganhou livros super bacanas de presente! Coisas que só acontecem com quem mexe com educação, coisas que, modéstia à parte, só profissionais da educação dão conta! Isso é um dos motivos que leva a nossa professora a se sentir muito abençoadinha! Deus é bom e sempre nos coloca em aventuras fantásticas (e nos ajuda a sair delas de forma vitoriosa)!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O imprevisto mais legal que já vivi!


   São engraçadas certas coisas que acontecem na nossa vida. O mundo chama de acaso. Nós, crentes, chamamos de providência divina, plano de Deus.

   Neste feriado de Páscoa, eu e minha melhor amiga fizemos algo que prometíamos desde o final do Ensino Médio (e lá se vão 8 anos, como o tempo passa rápido): viajamos juntas pela primeira vez! E a viagem foi, desde o começo, muito boa.

   O destino: Florianópolis! Minha irmã fez um roteiro bem polpudo, cheio dos lugares mais badalados e bacanas de se visitar. Saímos de Brasília bem cedinho, pois pegaríamos uma conexão em São Paulo. O voo atrasou e o resultado foi certeiro: perdemos o avião para Floripa.

   Aí começou a diversão: éramos um grupo de quase 40 pessoas na mesma situação. Alguns nervosos, gritavam, queriam embarcar imediatamente. Foi hilário. Que confusão! Por fim, alguns embaracaram meio-dia, outros às 13 horas e um pequeno grupo de 12 pessoas (no qual eu e minha amiga nos incluímos), os que “gritaram menos”, ficaram no último encaixe, às 17 horas. Nessa história toda, perdemos quase todo um dia na praia (e só um brasiliense sabe o valor disso hehe), mas ganhamos boas risadas.

   O grupo todo ficou junto até pegarmos o voo.  Rimos do que tinha acontecido, contávamos piadas, contávamos da nossa vida, enfim, passamos ótimos momentos. Ao chegarmos, vimos um horizonte com um traço alaranjado do pôr-do-sol, com a cidade toda iluminada...




   Que visão! Só uma coisa veio à minha mente: “Senhor, obrigada”. Obrigada, porque se tivéssemos no outro avião, perderíamos esse espetáculo criado pelo Senhor. Não teríamos conhecido pessoas super legais e com quem passamos horas tão agradáveis e engraçadas. Realmente, “os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos" (Mateus 20:16 NVI). Não chegamos lá no horário planejado, fomos os últimos a sair, mas, com certeza, fomos os que mais se divertiram! São momentos como esses que fazem da nossa vida única. Por isso, devemos vivê-la e não ter inveja de ninguém. Não podemos querer viver algo que não é nosso. Deus permite que coisas maravilhosas aconteçam em nossa vida e devemos dar valor e agradecer por isso!

   Mas não parou por aí. Eu e minha amiga passamos por outros tantos momentos que nos fizeram chorar de rir. Como quando pedi informação ao taxista sobre onde ficava o hotel e ele me explicou (eu, a pessoa mais perdida do mundo) e eu só balançando a cabeça: Ahã... Ahã. No final de muitas direitas e esquerdas, e avenidas, e retornos, ele me pergunta: “Entendeu?”. E eu: “Claro” (o “que não” ficou na boca). E ele: “Ah, menina, entendeu nada!”. Kkkkkk Ou então quando um menino, logo após esse episódio com o taxista, veio perguntar onde ficava uma determinada rua. Eu fiz uma cara de “hã?” e nós disparamos a rir, pois um não sabia quem estava mais perdido do que o outro. Ou então os momentos em que o GPS estava mais por fora do que a gente (“recalculando a rota”, amo essa frase). Ou quando eu, na correria do Beto Carrero, entrei (e usei) o banheiro masculino (e só percebi quando saí e dei de cara com um homem – que ficou branco quando me viu!). Eu chorei de rir por meia hora depois dessa! Ou quando comentei com minha amiga que estava super empolgada para “encontrar uma feirinha e comprar um” e, sem me deixar completar, ela disse “eu vou comprar tudo o que eu ver e gostar”. Ri por 2 horas...

   Sabe, eu poderia ter falado de como as praias de lá são lindas (porque elas são), como tudo é limpo e o povo educado (e eles são), como cumprimos a risca o roteiro super bem feito de minha irmã, mas uma viagem, a vida, para generalizar, não é feita disso. A vida é feita de momentos que não fazem parte do roteiro, que fogem a ele, e são ótimos. Dos atrasos de voo que, em vez de nos estressar, nos fazem ver o time do Santos (até o Elano e o Neymar!) e conhecer pessoas alegres. Da pizzaria ao lado do hotel, que não é nem um pouco badalada, mas que é super gostosa, com uma atendente simpática e um picolé de chocolate belga com hortelã. Das coisas lindas que vemos e Deus coloca na hora certa e no momento certo para olharmos. Das conversas na praia com uma pessoa em quem você confia e pode ser você mesma, sem reservas, pegando sol e com seu pé na areia. Das músicas que você escuta ao olhar pela janela do ônibus, depois de um dia fantástico em um parque que você queria conhecer há anos, com direito até a um musical de arrepiar no final. De coisas como as que eu coloquei no parágrafo acima. São elas que fazem todo o resto valer realmente a pena. Enfim, a vida é feita do imprevisível, que está totalmente previsível nos planos de nosso Pai, e eles nos dá de presente por sua graça.

   Viva a vida, viva a sua vida, que está cheia de imprevistos excelentes!
 
 


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Não sei qual título colocar, mas vale a pena ler!


   Gente, eu levo meu trabalho secular e meu ministério na igreja muito a sério. Sei que estou muito longe de ser perfeita, tenho muito o que melhorar, mas tento me dedicar da melhor maneira possível e fazer tudo de coração.

   Nesse sentido, uma das coisas de que gosto bastante é orar por meus alunos. Em minha igreja, em especial, pego a lista do coral infantil (no qual sou uma das regentes) e da sala da Escola Bíblica Dominical (EBD) em que dou aula e oro por cada um e suas famílias (tento fazer isso semanalmente, mas às vezes falho). Mas orações gerais faço todos os dias.

    Uma das coisas que peço a Deus é algo que aprendi com uma amiga minha muito amada: que eu ache graça diante das crianças. Quero ser especial na vida delas, participar de sua linha do tempo. Claro que tudo deve apontar para Deus, mas quero que elas pensem em mim com carinho. Quero que corram para me abraçar quando me verem. Quero que abram um sorriso largo quando eu lhes der um tchau. Quero ser chamada para suas festinhas de aniversário para contar histórias (ou somente ir mesmo), para suas apresentações de balé ou teatro na escola, para comemorações especiais... E olha, todas as vezes em que sou chamada, faço questão de ir, pois para mim é um privilégio fazer parte desses momentos de suas vidas!

   Essas pequenas grandes coisas me fazem feliz. E eu peço a Deus que elas aconteçam. Não quero ser mais uma em suas vidas: quero ser alguém que deixou marcas boas, que as fez crescerem mais com Deus, que lhes serviu de exemplo na caminhada cristã, alguém com quem (e de quem) riram, contaram histórias, ouviram histórias bíblicas de uma forma divertida, compartilharam pedidos de orações e lágrimas, que faz da vida deles um pouco mais florida. Sim, eu peço. Peço sempre.

   E semana passada tive uma grata surpresa: fui convidada para a festinha de uma querida criança da igreja (que chamarei de Bel), a qual faz parte do coral e é também minha aluna na EBD. Fiquei radiante! Poxa, que coisa boa! Se ela me convidou, é porque gosta de mim! Tenho feito diferença, glória a Deus! E, além disso, é Deus respondendo minhas orações.

   Mas, no meio dessa alegria que invadiu meu coração, Deus falou comigo. Ele disse: “Lívia, que bom que ela te convidou e você está feliz. Mas a Bel é uma criança visível na igreja. Seus pais têm ministérios ativos, são conhecidos e vistos. Não quero que você deixe de ficar feliz, mas quero que você nunca se esqueça das outras. Aquelas que são criadas pelos avós e que não aparecem tanto, as que os pais não são muito agradáveis, as quietinhas e que ninguém enxerga, as que não têm muitos amigos. Quando estas te convidarem, você têm que ficar feliz do mesmo jeito. Você tem ficado? Ou só porque a Bel é mais vista você fica mais feliz? Porque ela é da “elite” você sente mais alegria?”. Uau! Será que eu sou assim? Sim... Devo admitir. Sou uma baita de uma pecadora! Não as trato diferente, mas no meu interior sim...

   Mas, ainda bem que tenho um Deus gracioso... Que me ama mesmo com este coração sujo, mas que mostra meu erro e me ajuda a mudar. Então, resolvi falar assim com Ele: “Senhor, que eu não faça acepção de pessoas em meu coração. Que a mesma alegria que eu senti com o convite da Bel se repita com as demais crianças. Quero ser especial em suas vidas, mas na vida de todas, e não só das que aparecem mais e são mais agradáveis. Deus, perdão por tantas vezes em que eu as diferenciei na minha cabeça e no meu coração. Ajuda-me a enxergar todas com carinho! Ajuda-me a enxergá-las com o mesmo amor com que o Senhor as vê. Se a igreja não faz assim, eu farei diferença vendo-as desta forma”. Amém! Amém pra você também?

   Que sejamos queridos e especiais na vida das crianças de nosso ministério, seja na igreja ou nas escolas. Que tratemos cada uma, por fora e no nosso coração, de forma também querida, especial e igual! Boa semana a todos!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ore! Ore! Ore!


   Eu sou da Igreja Presbiteriana. E amo! É uma igreja com falhas, mas que adora o Deus perfeito. Normalmente, os presbiterianos são admirados por seu excelente conhecimento da Palavra de Deus. Em minha igreja, há muita gente assim: com grande conhecimento bíblico. E o mais legal é que Deus tem levantado pessoas com um chamado e muitos homens têm se disposto a fazer seminário. Ou seja, aqueles que já conheciam tanto da palavra, agora estão se preparando ainda mais.

   O melhor de tudo isso é que o pastor sempre permite que eles compartilhem seu conhecimento conosco. Eu acho ótimo: saio ganhando e muito, pois aprendo demais com eles. E um desses dias foi num culto de quarta. Há um irmão de minha igreja que eu admiro bastante. Tem um casamento lindo, sua esposa é fantástica (quero ser igual a ela quando eu crescer hehe), 3 filhos maravilhosos e agora é também seminarista. Gosto muito quando ele prega, sempre fala ao meu coração.

   Mas essa crônica não é sobre ele e sim sobre um comentário que ele fez durante sua pregação o qual me fez divagar... Ele disse que passamos por 4 estágios de conhecimento. O primeiro é o incompetente inconsciente, no qual não sabemos de nada e não sabemos que não sabemos de nada. O outro é o incompetente consciente, ou seja, eu não sei nada, mas sei que não sei nada. O terceiro é o competente consciente. Eu sei algo e sei que eu sei disso. E o último é o competente inconsciente: eu sei algo, mas já o faço automaticamente. Por exemplo: eu sei dirigir, mas no dia-a-dia nem penso nesse ato, só dirijo. Eu sei dirigir e o faço inconscientemente. O link super bacana que ele fez com isso é: temos que chegar num nível de oração no qual somos competentes inconscientes, ou seja, oremos por tudo, tudo mesmo em nossas vidas, e nem sintamos, é automático.

   Eu tenho uma amiga que é desse jeito. No começo, achava engraçado, mas depois pude perceber a beleza disso. Se ela queria trocar de carro, me falava: “Ai, Lívia, estou orando por isso”. Se ela queria fazer uma Pós- graduação, dizia: “Lívia, eu coloquei diante de Deus”. Uma vez ela queria que viajássemos e foi logo dizendo: “Ora, aí, Lívia. Se for de Deus, dará certo”. Tudo, tudo, tudo em sua vida ela orava! Nas pequenas e grandes coisas! E é assim que tem que ser mesmo: ore! Ore antes de ir ao trabalho, ore durante, ore depois, ore por seu dia. Se você é educador como eu, ore por cada criança sua. Fale cada nome diante de Deus.

   Eu fazia sempre isso: antes de ir à escola, dizia o nome de cada criança. Pedia proteção de Deus para que o tempo em que estivéssemos juntos fosse produtivo, eu cumprisse o plano de aula e que fosse prazeroso, que nenhuma se machucasse em sala e no parque, que ninguém batesse ou mordesse o colega, que aprendêssemos coisas novas todo dia (de conteúdo e para a vida), que nos divertíssemos juntos... Com o tempo, perdi essa prática, mas Deus me mostrou que devo continuar! Tudo deve ser levado à oração!

   Nossos amigos, familiares, alunos, terão problemas terríveis para se resolver... Muitas vezes, nossas palavras e ações, por melhores que sejam, não serão suficientes para ajudá-los... Mas nossa oração alcançará seus corações!

   Ore, pessoal, ore! E para as crianças, isso vale também: incentive-as a orar. As questões delas são importantes! Ensine-as a orar pelas provinhas que farão, pelo coleguinha com quem ela brigou, por aquele menino que caçoa dela, pelo amigo que vai se mudar, por alguma angústia e desânimo que ela esteja sentindo... Não menospreze seus sentimentos. Valorize cada pedido dela!

   Irmãos, que sejamos competentes inconscientes em muita coisa de nossa vida, mas principalmente nas nossas orações. Que levemos tudo para Deus, de tal forma que seja automático e nem sintamos! É o que oro para minha vida e para a sua!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Amigo mercenário? Tô fora!

  Neste domingo, o pastor de minha igreja pregou no seguinte texto:

“O mercenário, que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo, abandona as ovelhas e foge; então, o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário foge, porque é mercenário e não tem cuidado com as ovelhas”. João 10:12,13

 Isso veio totalmente ao encontro de algo que Deus vem colocando em meu coração diante de atuais acontecimentos em minha vida e quero compartilhar com vocês: NÃO SEJA UM AMIGO MERCENÁRIO!

  Falo isso por experiência própria! Eu, n vezes, fui uma e quero te ajudar a não seguir neste erro! Quem ama, não deixa seu amigo ou parente cair no buraco. Ele o alerta antes! Mesmo que a verdade doa... Ele irá dizê-la por amor!

   Eu me lembro de quando minha melhor amiga começou a namorar. Tudo foi muito rápido e ela nunca teve certeza de seus sentimentos pelo rapaz. Passaram-se 1 ano, 2, 3 anos,  e eu vendo as coisas acontecerem e não falava nada. Na minha cabeça, dizia assim: “Oxi, ela é bem crescidinha. Deve saber o que faz”. NÃO! NÃO PENSE ASSIM! Você tem que fazer a sua parte! Você tem que alertar! Pode ser que não adiante nada, mas você tentou. E ele/ela irá reconhecer isso um dia. Há certas situações em que não enxergamos o óbvio. Ou então até vemos, mas não queremos ver e precisamos que amigos verdadeiros nos confrontem. Pode ser duro, mas é necessário falar, é preciso ouvir. Amigos verdadeiros mostram onde erramos, os mercenários nos empurram para o abismo.

  No caso de minha amiga, só após 3 anos de namoro que eu a coloquei na parede. Disse que a forma como ela conduzia ser relacionamento estava errada. Com 3 anos, já precisamos saber (e com certeza) o que sentimos pela pessoa. Se ela achava que ele não era o cara certo, deveria partir para outro. Enfim, ela ouviu, mas continuou. Muito tempo depois, eles romperam. Não quero discutir a eficiência da conversa. Quero enfatizar o seguinte: eu podia tê-la alertado antes, mas não tive coragem. E isso que era minha melhor amiga, com quem tenho liberdade. É claro que no fim a decisão seria dela e ela é que escolheu namorar assim. Mas eu, como amiga, podia tê-la ajudado a não “perder” tantos anos de sua vida com uma pessoa pela qual ela não sentia nada. Sim, isso tudo fez parte dos planos de Deus. Ele quis que ela tivesse esse namoro longo. Mas a soberania de Deus não me exime de minha responsabilidade...

  É claro que só agora, que eu sofri na pele o que é entrar e estar em uma situação difícil, que eu percebo como é importante o alerta. Eu fui para um buraco e muitos viram, mas poucos tiveram a coragem de me chacoalhar. Foram poucos os que não pensaram: “Eu, hein. Não vou me meter não. Depois ela não gosta, acha ruim”. Hoje eu sei que esses poucos, que sofreram retaliação de minha parte na época, foram os amigos não mercenários. E Deus me confrontou bastante, pois eu sempre tive esse discurso com meus amigos, principalmente no que concerne a relacionamentos: “Cada um cuida sua vida. Se ela acha que está bom, quem sou eu para falar algo?”. Mas sim, eu sou alguém: sou alguém, próximo, sou alguém que observa e vê algo errado, sou alguém que ama esse amigo e não vou deixa-lo se afundar.

  Claro que tenho de ter sabedoria: não me meterei em tudo e usarei palavras brandas e de boa exortação na hora da conversa. Mas o fato é que é necessário falar. Como amigos e familiares, somos pastores de quem nos cerca e devemos cuidar, mesmo que, para isso, toquemos em assuntos complicados.

   Logo, fica a dica: não seja um mercenário! Faça sua parte e que Deus te abençoe!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Uma guerra foi declarada!

  Gente, eu não sei de vocês, mas meu coração tem passado por um momento difícil... Muitas vezes, nos dedicamos a algo de forma intensa e dá certo. Em outras, vamos de encontro à parede e nos quebramos feio. E essa fase de reconstrução é dolorosa...

   Mas essa fase é comandada por nosso Deus e Ele me deu um grande presente para conseguir passar por ela: um amigo, o qual, para evitar constrangimentos (para ele e para mim, hehe), chamarei de Super-Homem (e ele é um super cara mesmo). Ele tem sido um alicerce, uma verdadeira prova da graça de Deus. Nele, tenho encontrado apoio e mais do que isso: tenho sido confrontada com muitos pecados em minha vida, tais como orgulho e hipocrisia (afinal, amigos verdadeiros nos mostram nossos erros). É difícil, mas a melhora está cada dia mais próxima. E, sim, antes que perguntem, somos só amigos mesmo!

   O fato é que o Super-Homem (hehe) tem me ensinado tanto! E quero compartilhar algo que nas nossas longas conversas eu aprendo! 

   O momento pelo qual eu estou passando é como se fosse uma guerra. Mas Deus é soberano... Se eu me desesperar demais, é como se eu negasse o seu poder e senhorio em minha vida. Cada dia é uma batalha... Cada dia em que eu vejo o que não quero (mas enfrento), escuto o que me atinge (mas fico firme), que eu ergo a cabeça quando na verdade quero é sair correndo (ou apertar um botão para simplesmente SUMIR!), eu ganho umas dessas batalhas... 

   Há dias em que perco, mas Deus me levanta do chão para mais um dia! Tem horas em que eu gemo, grito, penso que não irei aguentar, mas esse meu amigão me lembra de que essa guerra, um dia, irá acabar. E da melhor forma possível, afinal, se eu creio na Bíblia (e eu creio!), ela diz em Romanos 8:28a que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”. Se Deus cuida do meu coração e você ama Deus, relaxa, ele cuidará do seu também, seja mandando um amigo Super-Homem ou de outra forma, mas o certo é que Ele vai...

   Um dia essa guerra dentro e fora de mim irá acabar. Lembrarei tudo que passei e não sentirei nada... Sairei madura e forte! As cicatrizes em meu peito irão se curar, o sorriso (que já está de volta) ficará com todo vigor, o coração baterá normalmente. Essa guerra irá acabar e, quando isso acontecer, vocês aqui serão os primeiros a saber! Mal posso esperar por esse momento. Um dia, essa guerra irá acabar...

“e, se estourar contra mim a guerra, ainda assim terei confiança”. Salmo 27:3b

“Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor”. Salmo 27:14

Até breve!