terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Agenda 2014

Oi pessoal! Saudades de escrever!

"E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas" Apocalipse 21:5a

Bom, fim de ano... Que venha 2014! Uhuuuuuuuuuuuu

E sabe uma coisa que eu amo fazer todo final de ano? Comprar agenda!!!! Hahahaha! Sabe, eu não sou muito tecnológica... Eu gosto de escrever minhas tarefas em agendas. Aí, se eu as realizei, passo aquele traço por cima, tipo "missão cumprida". Nem vem com calendário de celular e agenda de Ipod: eu gosto mesmo é de escrever na agenda e riscar!

Logo, todo final de ano é aquela saga: comprar uma agenda nova e passar as atividades, pequenos orçamentos, aniversários dos amigos mais próximos. E não pense que eu gosto de ganhar uma: eu prefiro escolher a minha e comprar, porque sei como gosto... Gosto das pequenas e leves, que cabem na bolsa e podemos levar para qualquer lugar sem sentir peso. Nunca se sabe em qual lugar surgirá um compromisso ou tarefa que devemos anotar, né?

A de 2014 é show, do jeito que eu gosto! Aí, no final de semana, comecei a anotar as atividades que eu já sabia que iam acontecer, aniversários, programações... E, nisso, fui passando as folhas da agenda velha e vi tudo que fiz... Poxa, foi tão legal fazer minha retrospectiva 2013 hehehe. As coisas marcadas desde o início do ano e que, após tanta espera, aconteceram;  os dias em que eu chorei; aqueles dias que foram mágicos; as que foram surpresa (muitas, graças a Deus); muita tarefa no mesmo dia que só Deus sabe como eu dei conta...

O engraçado é o que eu escrevi no blog no ano passado:

“Minha agenda velha encerra suas atividades. Uma outra está em minhas mãos. O que irá acontecer? Quais surpresas? Convites inesperados, viagens de última hora ou planejadas, alegrias, tristezas, decepções, novidades... Não sei. Mas quero entregar o meu 2013 nas mãos de Deus. Viro a folha do dia 31 de dezembro com uma oração de agradecimento, mesmo nas dificuldades (que foram muitas).

Enfim, que venha 2013! Agenda branquinha, cheirando a nova. Pego-a e dou uma folheada rápida. 1 ano inteiro pela frente! Uau, todas aquelas páginas serão preenchidas com aventuras que nem imagino quais serão!”

É, e foram preenchidas... E isso me anima... Já escrevi sobre isso, sobre como tenho receio de ano novo, mas a verdade é que, com Deus, há sempre surpresas... Esse ano, ganhei um sobrinho e me tornei namorada do príncipe mais lindo que existe... E posso garantir que não esperava nenhuma delas... E foram as melhores coisas que me acontecerem em 2013, já o tornando super especial!

Isso só mostra que, apesar do medo do ano novo, vem aquela certeza de que Deus estará conosco; que Ele vai nos surpreender; que Ele cuida da gente; que Ele nos dá momentos ruins para nos ensinar e para que valorizemos os dias bons; que, mesmo sendo pecadores e não merecendo nada, Ele nos dá dias incríveis!

Minha agenda 2014 está ali... perspectivas enormes e atividades devidamente anotadas em suas datas: completar um ano de namoro (que eu nunca consegui hehe, mas, dessa vez, se Deus quiser, vai!), qual turma pegarei este ano?, casamento de uma amiga-irmã, acompanhar o primeiro ano de meu sobrinho fofo, uma cirurgia que finalmente tomei coragem de fazer... e tudo aquilo que eu nem sei... mas que estou doida pra viver!

Bom, Feliz 2014! Que sua agenda seja preenchida com muitas coisas boas, esperadas e não esperadas... E, claro, mais de Deus, sempre, porque, sem Ele, não existe sonho e paz de verdade! Nos vemos no ano que vem, se Deus quiser!





quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Deus, somente Ele!

Eu faço minhas devocionais lendo a Bíblia de Recursos para o Ministério com crianças. Na segunda epístola de Paulo a Timóteo, no capítulo 1, versículo 7, está escrito:

“Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”.

Aí, eu li aquelas anotações de rodapé, que sempre explicam melhor o versículo. Poxa, falou muito ao meu coração! Já explico o porquê...

 Como tenho pouca experiência no ensino escolar, tenho muito medo de errar, de que minha turma fique aquém das outras, de ser muito brava, de ser muito boazinha... Acho tudo difícil demais, demorado demais, não tenho facilidade com atividades manuais. Sinto-me a pior profissional do mundo, parece que tenho tanto a aprender e que não sei nada.

 Tem horas que perco a paciência com as crianças e me questiono se devo mesmo fazer algo por aquelas que são tão difíceis... Não sei se dou material para as que não têm, ou deixo os pais comprarem, pois é barato e, se eles não compram, é falta de responsabilidade (de alguns, não de todos, claro. Tem aqueles que não têm dinheiro mesmo).

Não sei se fico feliz quando saio um pouco mais cedo, ou se aproveito esses minutinhos para fazer algo de que a turma precisa. Não sei se sou rígida na cobrança de dever, para que vejam que a vida é assim, não dá pra esquecer ou faltar com suas responsabilidades, ou se entendo a situação complicada em que meus alunos vivem. Enfim, ainda não achei aquele meio termo, aquele bom senso que é essencial. Logo, muitas vezes minha postura é de covardia e desespero.

Mas o que dizia essa nota de rodapé? Dizia que o apóstolo Paulo lembrava Timóteo de que Deus deu:

1) Poder para vencer as dificuldades;

2) Amor pelos que não são dignos de amor;

3) Bom senso com o domínio próprio necessário para realizar seu ministério.

Ou seja, a chave para a resposta de minhas angústias é: Deus. Sempre Ele! É com Ele que eu devo fazer parceria, e não com minhas preocupações e ansiedades...

Ele irá me dar poder e assim enfrentarei minhas dificuldades. Ele me ajudará a amar aqueles que não são dignos (assim como eu não sou), mas precisam de amor. Ele me auxiliará a encontrar a moderação correta em minhas atividades.

Enfim, DEUS É TUDO! Ainda bem que eu tenho Ele em minha vida, e você?

Boa semana a todos!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Meta 2

Olá! Hoje vou postar mais uma meta!


Meta 2: Encontrar o bom-senso para não reclamar da minha profissão (afinal, eu escolhi e sabia que era trabalhoso. Logo, devo arcar com as consequências), mas ao mesmo tempo não aceitar tudo e lutar para melhorar.


Eu tinha uma colega em uma escola em que eu trabalhei que falou uma frase da qual nunca me esqueci. Estávamos terminando um planejamento cansativo, em uma época cheia de coisas pra fazer, pois era feira literária, com muitos murais, sucatas, livros pra concluir... Ou seja, a cabeça estava lotada.

Essa minha colega era daquele tipo bem perfeccionista, que dá o melhor e quer fazer a coisa mais difícil possível para apresentar. Ou seja, nessa época em questão, ela tinha os motivos do mundo para reclamar. Quando perguntei o porquê de ter selecionado algo tão difícil, tão trabalhoso, ela só me disse:

- Lívia, eu escolhi ser professora. Não tenho que reclamar. Eu escolhi essa vida. Se não queria fazer isso, tinha que ter ido buscar outra coisa.

Sabe, faz sentido o que ela diz. Veja bem, não estou defendendo com isso que devemos aceitar tudo. Mas há coisas que realmente, se formos ficar reclamando, só vão nos acrescentar rugas, porque não vão mudar. Criança sempre vai dar trabalho, escola é barulhenta, é difícil lidar com professor, há dias em que tudo dá errado, feiras e festas exigem criatividade e tempo, final de bimestre é enlouquecedor, sempre teremos alunos que não fazem o dever e não querem estudar, não daremos conta de todos os problemas.

O lance é encontrar o bom-senso: não reclamar do inevitável, porque isso só irá nos desgastar... Mas também não devemos aceitar qualquer coisa. Temos que lutar por melhorias salariais, estruturas físicas adequadas nas escolas, formação de qualidade nas universidades, planos de carreiras etc. A lista é enorme.

É isso! Tenho tentado aplicar a mim mesma! Reclamo muito do que não dá pra mudar (infelizmente), mas tento me posicionar e mudar o que dá. Ainda não achei o bom-senso, estou tentando... E você?

Deus abençoe vocês!

PS: Ah, e FELIZ DIA DOS PROFESSORES! Continuem na luta, queridos!!!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Le petit Nicolas


Gente, perdão. Tenho andado tão ocupada que, infelizmente, o blog tem ficado pra depois... E o depois nunca chega. Mas hoje tive um tempinho e corri aqui pra escrever!

Resolvi não continuar falando sobre aquelas metas, porque li um livro esses dias e quis comentar com vocês minhas impressões. As metas ficam pra depois (espero que um "depois" mais breve dessa vez :-) )

É um livro que tive de ler no meu curso de francês e que eu simplesmente me apaixonei! Ele se chama “Le petit Nicolas” (O pequeno Nicolas).


Fonte: http://femovieblog.blogspot.com.br/2010/08/o-pequeno-nicolau-le-petit-nicolas.html

Ele mostra a história de um garotinho muito simpático e suas aventuras na escola, na família e com seus melhores amigos. É muito fofo e engraçado! Nicolas conta com um jeitinho que é a “cara” de nossos alunos! E, sei lá, ele me fez lembrar de uma época tão gostosa: minha saudosa infância.

Comecei a rememorar tudo que eu vivi: minhas brincadeiras; aquelas histórias que aconteceram há tanto tempo, mas que estão até hoje em meu coração; meus amigos daquela época; o que fazíamos juntos na escola e fora da escola... Poxa, era muito legal!

E fiquei pensando: é isso que eu quero que meus alunos sintam! É isso: quero que eles olhem para trás e vejam, apesar de meus defeitos e falhas, que essa época de escola é muito gostosa! Tem chateação, brigas, aborrecimento, mas tem mais prós do que contras.

E muitas dessas memórias marcantes podem ser proporcionadas por nós! É a época de rir demais, viver aquelas aventuras inesquecíveis que só criança sabe ter, ouvir aqueles comentários engraçados do seu coleguinha, a receita do doce de leite Ninho que fizemos juntos, as piadas engraçados do palhaço da turma (que, em vez de cortar, nós podemos aproveitar e rir também), aquele dia em que o colega mais fraquinho conseguiu ler e batemos palmas, aquela lembrancinha que “compramos” (ok, você, professor,  pagou a maior parte hehe) para o colega mais prestativo da turma (que, mesmo tendo 14 anos e não sabendo ler ainda, brinca com os colegas de 9 anos e ajuda a professora), o dia em que oramos pela vida de um colega e Deus nos respondeu positivamente, o dia em que você, professor, “sorteou” uma pasta e justo a menina mais carente da turma “ganhou” (ok, confesso, já manipulei sorteio... Desculpa, mas queria muito que quem realmente precisa ganhasse hehehe),  poxa... São tantas coisas!

Gente, falo como para mim mesma, vamos fazer com que essas histórias pipoquem na cabeça de nossas crianças! Que surjam muitos Nicolas e que, daqui a alguns anos, eles, em uma conversa informal, lembrem-se de pelo menos alguns desses momentos e lembrem-se com muito carinho. Que essas memórias tragam um sorriso a eles e faça-os pensar: Valeu a pena! Foi muito bom! Que época fera!

É isso que pensei ao ler o livro... É isso que desejei e desejo para meus alunos. Sou muito brigona, impaciente demais, brava, inexperiente... Mas, apesar de mim, apesar de tantas carências, tanto problemas que os fazem amadurecer precocemente, quero tentar fazer com que a infância deles seja marcante por conta dessas pequenas coisinhas, pequenas situações bacanas que fazem da nossa vida mais feliz!

Boa semana! Deus abençoe o trabalho de vocês! Desculpa a demora para postar... É que essa vida de tia, madrinha, namorada, filha, regente de coral e professora (ufa! Essa é a que mais cansa hehe) está bem corrida! Espero não demorar tanto na próxima! Beijos!

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Meta 1

Bom, galera, como prometido: falarei agora mais detalhadamente sobre a Meta 1!

Meta 1: Não reclamar de nada, nem do trânsito, nem de alunos e suas famílias desinteressadas (há situações piores do que a minha) e, consequentemente, ser mais grata, mesmo em situações difíceis e desesperadoras.

Sabe, eu ultimamente estava me achando uma chata. Poxa, só sabia reclamar. Que que isso! Já saía de casa assim: pegava sinal fechado, reclamava. Pegava engarrafamento, reclamava. Chegava à escola e o estacionamento estava um caos, aí eu reclamava. As cobranças eram/são muitas, tinha que esperar pra esquentar minha comida no microondas da escola, os intervalos estavam muito barulhentos, os meninos estão agitados... Reclamava de tudo, em voz alta ou em pensamento (na maioria das vezes).

Aí comecei a ver que eu estava muito amargurada. Antes, se eu tinha algo legal para fazer a noite (ir a uma comemoração de aniversário, um cinema, uma colação de grau), ficava super empolgada. Já começava o dia pensando: oba! Hoje terei algo diferente para fazer! Ultimamente, se tinha algo para fazer após o trabalho, já pensava: poxa... Ah não! Não poderei descansar...

Que isso! Que pessoa mais amargurada! Deus não gosta disso... Devemos ser mais gratos, porque, se reclamarmos de tudo, se nos estressarmos por tudo, perdemos a beleza das coisas... E ninguém é obrigado a nos aguentar assim...

Há coisas que devemos nos conformar: o trânsito é difícil, há alunos que nos tirarão do sério, sempre haverá famílias que, infelizmente, não se importarão com seus filhos. Reclamar não vai nos trazer nada. Aliás, vai sim: vai nos deixar mais velha cedo, com mais rugas, mais mal-humoradas e sem ver a alegria do que há ao nosso redor.

Há coisas tão mais graves... Desemprego, missionários presos por falar de Jesus e vivendo em situações precárias, gente que enfrenta um câncer e não sabe se ficará curado ou ele irá voltar... Isso é problema! E muitas das pessoas que enfrentam isso tem mais coragem e gratidão do que eu, que me aborreço quando as coisas não saem milimetricamente do jeito que eu quero... Fala sério...

Logo, minha primeira meta é esta: PARAR DE RECLAMAR!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

10 Metas para mim mesma neste ano de 2013 em sala de aula

Gente, perdão. Este texto está há mais de 1 mês parado, só esperando para ser postado aqui, mas a correria dificultou tudo. Mas aqui vai! Primeiro, postarei essas 10 metas e, nas próximas semanas, tentarei falar de cada uma (ou juntar 2, 3 e escrever um texto só). Estas metas são para mim mesma, mas resolvi compartilhar, pois todos nós passamos por crises, nos desestimulamos, começamos a reclamar demais e aí nos esquecemos de como nossa profissão é bonita! Fica a dica (ou melhor, as metas hehehe). 


1) Não reclamar de nada, nem do trânsito, nem de alunos e suas famílias desinteressadas. Lembrar que há situações piores do que a minha. Consequentemente, ser mais grata, mesmo em situações difíceis e desesperadoras.

2) Encontrar o bom-senso para não reclamar da minha profissão (afinal, eu escolhi e sabia que era trabalhoso; logo, devo arcar com as consequências), mas, ao mesmo tempo, não aceitar tudo e lutar para melhorá-la.

3) Não me comparar com os outros. Vou dar o meu melhor e entregar nas mãos de Deus.

4) Encontrar o bom-senso entre não me comparar, mas ao mesmo tempo ouvir boas ideias que as colegas têm e aprender com elas.

5) Parar de querer ser a melhor. Sempre haverá pessoas melhores do que eu e isso é vaidade minha.

6) Ser mais otimista e mais bem-humorada. Há problemas bem mais sérios do que um aluno que não aprendeu e eu fiquei magoadinha... Lá fora tem gente enfrentando crises terríveis. Isso sim é problema! Leve as coisas de forma mais leve!

7) Não me preocupar! Parar de me preocupar! Não me preocupar! E só para não esquecer: parar de me preocupar!

8) Parar de querer que o tempo passe rápido, que os resultados venham logo. Devo curtir mais meu momento com as crianças, como uma risada gostosa após algo engraçado.

9) Não desanimar!!!! Nunca desistir! Os resultados virão... mesmo que demorem (muito) ou eu talvez nem veja.

10) "Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvam-te perpetuamente. 
Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido, faz dele um manancial; de bênçãos o cobre a primeira chuva.
Vão indo de força em força; cada um deles aparece diante de Deus em Sião". Salmo 84: 4-7

Não devemos desistir! Deus é maior do que nosso problema? A graça de Deus é menor do que nosso pecado? Deus venceu a morte e o inferno por nós! E isso deve ser nossa alegria. Nossa felicidade deve estar em Deus e não em coisas terrenas, coisas secundárias. Devemos nos fortificar na graça. Ou seja: devo dar o meu melhor, mas se, infelizmente, meu esforço não der o resultado que eu queria, isso não deve estragar meu dia, nem me deixar triste. Isto não é minha felicidade e sim Deus!

terça-feira, 7 de maio de 2013

A professora X

Essa ficou curtinha hehehe. Grande abraço a todos!


A professora X é bem rigorosa. Gosta da sala quietinha... Sem barulho, sem conversa, e todos bem concentrados. 

Se alguém vai pedir um material emprestado, ou vai comentar algo com o amigo, ela já solta um sonoro: 

Xiiiiiiiiiiiiii. 

Mas ela é carinhosa... Gosta de abraçar na chegada e na saída deles, faz surpresas, leva músicas e canta, brinca, ora por eles...

Mas se alguém a interrompe, ou fala na hora errada: 

Xiiiiiiiiiii neles!

Se eles se assustam com o Xiii, ela brinca: 

- Crianças, fiquem calmas. Só estou lembrando vocês o sonzinho da minha letra, a letra X. Toda vez que a virem, lembrem-se de sua professora X pedindo silêncio: Xiiiiiiiiiiiiiiii. Assim, vocês nunca se esquecerão do som! Viu como ficou fácil gravar?

- Ahhhhh... Agora sim! Engraçado, teve um dia que minha...

- Xiiiiii! Depois conversamos! Agora é a hora da aula! : )

domingo, 21 de abril de 2013

A tristeza de Deus

Sabe, um dia, em sala de aula, em um daqueles dias em que saímos super pra baixo, comecei a pensar: poxa, como Deus deve ficar triste quando fazemos algo errado ou quando somos mal agradecidos.

É que assim: resolvi comparar, guardadas as devidas proporções, uma sala de aula com a relação de Deus com a gente. Mas que fique bem claro: não estou querendo dizer que nós professores somos deuses nem algo do tipo. Só quero dizer que pensei e senti na pele o que é, assim como deve acontecer com nosso Deus (não custa falar de novo: guardadas as devidas proporções), o que é amar e fazer tudo pelas pessoas e muitas vezes não receber um pequeno sorriso em troca.

Como professora, eu faço (e sei que vocês fazem também) inúmeras coisas por nossos alunos, as quais não são vistas. Voltamos do trabalho, mas trazemos mais trabalho pra casa. Gastamos nossa tinta imprimindo mais tarefa. Temos a sensibilidade de brigarmos menos com um aluno, pois sabemos que na casa dele as coisas não estão fáceis. Oramos falando cada nome e fazemos jejum por eles. Fazemos surpresa e tentamos dar aulas com coisas diferentes. Saímos da escola cansadas, mas passamos na xerox, tiramos cópias com nosso dinheiro e depois vamos à padaria pegar o bolo dos aniversariantes. E, como essas coisas não são vistas, as crianças não sabem o trabalho que elas deram e não dão valor. E, na primeira vez que falhamos, já falam mal da gente.

Com Deus, acredito que é assim também. Ele faz tanto por nós! Livra-nos de tantos acontecimentos ruins, alguns dos quais nem ficamos sabendo! Ele nos dá muito mais do que merecemos. Faz tudo por nós. Ama-nos tanto a ponto de ter dado Seu Filho para nos salvar. E nós? Nada. Na primeira bênção não recebida, já começamos a resmungar.

Voltando a nossos alunos, brigamos não por nervosismo, mas para incentivá-los a melhorar. Falamos que copiem novamente o exercício, dessa vez com mais organização, não por chatice, mas para que aprendam a ter mais capricho. Ensinamos mil vezes que eles não xinguem, não falem mal do colega, e ainda assim fazem tudo isso, mesmo depois de verem o quão tristes ficamos.

Deus também fica, ao ver o tanto que pecamos, apesar de termos a Bíblia e apesar dEle nos disciplinar sempre, por nos amar. Ele no ensina tantas vezes por meio de nossos pastores e outros pregadores, sabemos que ao pecar não o agradamos, mas sim ao inimigo de nossas almas, mas ainda assim o fazemos.

É assim nosso Deus. Trabalha o tempo todo a nosso favor, mesmo quando não vemos. Disciplina-nos sempre, e ainda assim fazemos o que é mal a seus olhos.

Passamos por situações parecidas todos os dias, sabemos o que é fazer tudo e não receber um “Obrigado”, apenas reclamações e ingratidão. Sabemos que tristeza é essa, de certa forma...

Será que, após essa reflexão, não podemos colocar a nossa mão na consciência, reconhecer nossas falhas e tentar agradar mais nosso Grande Professor para que Ele se alegre conosco?

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Campanha "A LETRA JOTA EXISTE"


Pessoal, mais uma sobre as letras! Boa alfabetização! : )



- Caros telespectadores, bom dia! Aqui quem fala é o seu repórter charmoso Encontro Vocálico. Estamos aqui na Praça “Academia das Letras”, onde o Alfabeto inteiro está reunido para uma campanha histórica. Vamos saber mais detalhes com a repórter Alfa, que está no meio dos acentos e letras!

- Obrigada Encontro Vocálico. Vou conversar agora com a letra G, que lidera esse grande movimento. Bom dia, letra G. O que é esta campanha?

- Bom dia! Estamos aqui para defender a letra J. A coitada é sempre esquecida. Todas as vezes em que as crianças estão aprendendo a ler e escrever, só se lembram de mim. É um tal de: “Gente, vamos escrever JANELA. Vamos lá: JA, como fazemos o JA?”. Aí todas respondem: “É o G com A”.

Ou então: “Pessoal, vamos escrever JOGO. Vamos lá, JO...”. E qual é a resposta: “G com O professora!!!”.

Não podemos deixar isso acontecer com a letra Jota! O som Jiiiii é dela! Eu só o pego às vezes, quando me junto com o E (para fazer GE) ou quando me junto ao I (formando GI). Sei que meu nome parece com este som... Mas quando escutarem o som Jiiiii, deem preferência para a letra Jota!

- Nossa! Então é uma campanha por uma excelente causa!

- Com certeza! Logo, estamos aqui para fazer um apelo às crianças de todos os lugares: gente, A LETRA JOTA EXISTE!!! Ela e sua família: JA, JE, JI, JO, JU!!!!!

- E como está a letra J com toda essa campanha a favor dela?

- Está radiante! Ela está nesse momento dando entrevista para o Ministro da Educação. Ela pediu para agradecer a todos e disse que está se sentindo mais valorizada com esta campanha. Essa era nossa intenção: ajudá-la e beneficiar as crianças. Isso é o que amigos fazem!

- Obrigada letra G! O recado foi dado! Pessoal, fica a dica: A LETRA JOTA EXISTE!!!! Encontro vocálico, é com você!

- Obrigada Alfa! Encerramos aqui nossa transmissão, desejando sucesso a essa jeitosa e justa campanha! A letra JOTA merece!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Luz!


Pessoal, estava lendo esses dias o livro de Eclesiastes e vi este conhecido versículo:

“... vaidade de vaidades, tudo é vaidade” Eclesiastes 1:2 b

Tempos antes, havia ido a um restaurante com minha família e me deparei com um jornal que estava lá, com uma reportagem bem intrigante. Nela, falava da situação de diversas famílias no Brasil, as quais não tinham luz, saneamento básico e viviam de uma forma tão precária que é difícil imaginar... Comecei a orar por isso, pra Deus ajudá-los, para que, de alguma forma, eles saíssem desta situação. Sei lá, mandando alguém para dar-lhes uma nova chance, uma perspectiva de vida, uma LUZ, sei lá.

Passado uns dias, um pastor foi pregar em minha igreja e começou a dizer como foi chamado para o ministério. Ele antes fazia faculdade de Odontologia e hoje, após concluída esta faculdade e a de Teologia, queria ser um missionário em países onde a saúde era precária, principalmente lugares sem equipamentos adequados ou com consultórios odontológicos fechados.

Eu pensei: “Caramba, que lindo! Amo o que faço, mas nunca poderei fazer um bem tão grande como esse. Não sou médica, nem dentista, nem enfermeira, nem nenhuma outra profissão em que eu pudesse ajudar de verdade. Ajudar do tipo: trazendo algo de realmente útil, que fizesse um bem para o resto das vidas das pessoas que precisam, como ajudando na sua saúde física, bucal”.

Aí ontem um menino muito lindo me disse: “Lívia, nós nunca devemos trabalhar para sermos o melhor pelo simples motivo de ser o melhor. Devemos sempre buscar fazer a diferença, isso sim. Podemos até não ser o melhor no final, mas o que conta é fazer a diferença”.

Bom, você deve estar se perguntando, e daí? O que tudo isso aí em cima tem a ver? O que uma coisa tem a ver com a outra?

Vou te contar o que Deus colocou em meu coração. Quero compartilhar para que isso te dê ânimo também.

Queridos, nós professores temos sim uma função importante. Se fôssemos para a África, precisaríamos de um tempo maior para fazermos uma grande diferença, porque na educação os resultados não surgem rapidamente. Não podemos ajudar na cura de pessoas, mas podemos lhes dar um grande poder: o conhecimento!

Com ele, as pessoas vão além... Logo, passei a me sentir menos mal. Eu posso fazer a diferença! Não sou menos importante do que um médico, pois tenho o meu lugar e posso fazer a diferença. Não por mera vaidade, mas para glorificar a Deus e dar às pessoas outras opções de vida!

Lembra aquela luz que eu mencionei acima? Nós, educadores, podemos ser essa luz! Tudo na vida da pessoa começa com aprender a ler e a escrever! Com isso, o mundo se abrirá! É essa a nossa contribuição ao mundo: ser luz e dar conhecimento! Devemos lutar para que nossos meninos aprendam, mesmo aqueles lentos, aqueles por quem ninguém conseguiu fazer nada, que têm 13 anos e não sabem ler... Devemos insistir, batalhar, não para sermos o melhor e pronto, tudo por pura vaidade. Não, devemos ir até o fim e fazer a diferença na vida desses preciosos que chegam às nossas mãos.

Sejam luz, queridos! Temos um ano todo a nossa frente! Não desistam: eles são nosso campo missionário. E nele podemos fazer uma grande diferença levando o conhecimento!

quinta-feira, 7 de março de 2013

Outros podem, você não!


Olá galera! Saudades daqui! Feliz 2013 para vocês! Depois de um tempinho longo sem escrever, estou de volta! E para ficar hehehe.

Bom, o ano letivo aqui no DF começou há uns dias. Na semana que antecedeu o início das aulas, voltamos a trabalhar para preparar as coisas. Entre elas, a escolha de turma. E o povo só falava de um tal de M* . Disseram que ele dava muito trabalho, que ele gostava de sair quebrando tudo e que era uma criança muito difícil de lidar. Coitada de quem o pegasse neste ano. É, socorro, quem seria a “sortuda” que ficaria com ele?

Enfim, fomos escolher as turmas. Estava bem ansiosa, porque seria uma das últimas a escolher. E é uma tensão na sala que Deus me livre! Com que turma ficaria? Seria bom? Quem seriam meus novos amiguinhos? 

Enfim, a escolha foi feita. Peguei uma turma de alfabetização e a angústia de antes foi substituída por uma tranquilidade de Deus. Sabia que minha turma seria reduzida por ter 3 crianças com Deficiência Intelectual, e só. Não sabia nem o nome de meus alunos e só descobriria na outra semana.

Chegou o primeiro dia de aula. Apenas minutos antes tive acesso à lista de chamada. Comecei a escrever o nome das crianças no quadro dentro de corações. Assim que eles entraram, leram o nome de M* (eu nem tinha reparado) e logo comentaram: “Ixi, tia, o M* está aqui. Ixiiiii Ele ano passado batia na gente, cuspia, a gente não gosta dele”. É, eu fui a premiada. Uhuuuuuuu

Sabe, eu não sei como será com ele na sala. Não sei quais serão as aflições que passarei. Mas o que sei é que comecei a perceber naquele momento que, na verdade, eu não escolhi nada. Deus escolheu aquela turma para mim. E, parafraseando aquele versículo de Ester 4:14, quem sabe não foi “para conjuntura como esta” que eu fui constituída como professora da turma? 

Em uma de suas pregações, Paul Washer diz que recebeu um panfleto de um amigo em que estava escrito: “Outros podem, você não”. Queridos, somos cristãos. Estamos aqui para fazer a diferença. Outros podem xingar o aluno na sala dos professores. Você não!  Outros podem falar mal de colegas de trabalho e reclamar o tempo todo. Você não! Outros podem fechar os olhos e esquecer que existe um menino difícil na sala. Você não! Você tem uma grande responsabilidade e não pode se eximir. Outros podem, você não.

Irmãos, acreditem na mudança. Não é sensibilidade ou carinho que transformam o mundo. Eles ajudam, mas não são tudo. Quem transforma é JESUS! Você tem dúvida disso? Eu, que sou salva nEle, não tenho. Jesus tem poder para mudar um pecador, que está indo a galope para o inferno, como eu estava, em uma pessoa regenerada. Quer mudança maior do que esta? E Ele, Nosso salvador, conseguiu!

Bom ano letivo! Não sei se vocês terão muitos M*s, mas que Deus esteja com vocês! Creiam que o Deus que salvou uma pessoa do inferno, desta terrível condenação, é capaz de fazer muito mais! E Ele escolheu usar você, e não outro, como instrumento nas mãos dEle.