quinta-feira, 19 de abril de 2012

O imprevisto mais legal que já vivi!


   São engraçadas certas coisas que acontecem na nossa vida. O mundo chama de acaso. Nós, crentes, chamamos de providência divina, plano de Deus.

   Neste feriado de Páscoa, eu e minha melhor amiga fizemos algo que prometíamos desde o final do Ensino Médio (e lá se vão 8 anos, como o tempo passa rápido): viajamos juntas pela primeira vez! E a viagem foi, desde o começo, muito boa.

   O destino: Florianópolis! Minha irmã fez um roteiro bem polpudo, cheio dos lugares mais badalados e bacanas de se visitar. Saímos de Brasília bem cedinho, pois pegaríamos uma conexão em São Paulo. O voo atrasou e o resultado foi certeiro: perdemos o avião para Floripa.

   Aí começou a diversão: éramos um grupo de quase 40 pessoas na mesma situação. Alguns nervosos, gritavam, queriam embarcar imediatamente. Foi hilário. Que confusão! Por fim, alguns embaracaram meio-dia, outros às 13 horas e um pequeno grupo de 12 pessoas (no qual eu e minha amiga nos incluímos), os que “gritaram menos”, ficaram no último encaixe, às 17 horas. Nessa história toda, perdemos quase todo um dia na praia (e só um brasiliense sabe o valor disso hehe), mas ganhamos boas risadas.

   O grupo todo ficou junto até pegarmos o voo.  Rimos do que tinha acontecido, contávamos piadas, contávamos da nossa vida, enfim, passamos ótimos momentos. Ao chegarmos, vimos um horizonte com um traço alaranjado do pôr-do-sol, com a cidade toda iluminada...




   Que visão! Só uma coisa veio à minha mente: “Senhor, obrigada”. Obrigada, porque se tivéssemos no outro avião, perderíamos esse espetáculo criado pelo Senhor. Não teríamos conhecido pessoas super legais e com quem passamos horas tão agradáveis e engraçadas. Realmente, “os últimos serão primeiros, e os primeiros serão últimos" (Mateus 20:16 NVI). Não chegamos lá no horário planejado, fomos os últimos a sair, mas, com certeza, fomos os que mais se divertiram! São momentos como esses que fazem da nossa vida única. Por isso, devemos vivê-la e não ter inveja de ninguém. Não podemos querer viver algo que não é nosso. Deus permite que coisas maravilhosas aconteçam em nossa vida e devemos dar valor e agradecer por isso!

   Mas não parou por aí. Eu e minha amiga passamos por outros tantos momentos que nos fizeram chorar de rir. Como quando pedi informação ao taxista sobre onde ficava o hotel e ele me explicou (eu, a pessoa mais perdida do mundo) e eu só balançando a cabeça: Ahã... Ahã. No final de muitas direitas e esquerdas, e avenidas, e retornos, ele me pergunta: “Entendeu?”. E eu: “Claro” (o “que não” ficou na boca). E ele: “Ah, menina, entendeu nada!”. Kkkkkk Ou então quando um menino, logo após esse episódio com o taxista, veio perguntar onde ficava uma determinada rua. Eu fiz uma cara de “hã?” e nós disparamos a rir, pois um não sabia quem estava mais perdido do que o outro. Ou então os momentos em que o GPS estava mais por fora do que a gente (“recalculando a rota”, amo essa frase). Ou quando eu, na correria do Beto Carrero, entrei (e usei) o banheiro masculino (e só percebi quando saí e dei de cara com um homem – que ficou branco quando me viu!). Eu chorei de rir por meia hora depois dessa! Ou quando comentei com minha amiga que estava super empolgada para “encontrar uma feirinha e comprar um” e, sem me deixar completar, ela disse “eu vou comprar tudo o que eu ver e gostar”. Ri por 2 horas...

   Sabe, eu poderia ter falado de como as praias de lá são lindas (porque elas são), como tudo é limpo e o povo educado (e eles são), como cumprimos a risca o roteiro super bem feito de minha irmã, mas uma viagem, a vida, para generalizar, não é feita disso. A vida é feita de momentos que não fazem parte do roteiro, que fogem a ele, e são ótimos. Dos atrasos de voo que, em vez de nos estressar, nos fazem ver o time do Santos (até o Elano e o Neymar!) e conhecer pessoas alegres. Da pizzaria ao lado do hotel, que não é nem um pouco badalada, mas que é super gostosa, com uma atendente simpática e um picolé de chocolate belga com hortelã. Das coisas lindas que vemos e Deus coloca na hora certa e no momento certo para olharmos. Das conversas na praia com uma pessoa em quem você confia e pode ser você mesma, sem reservas, pegando sol e com seu pé na areia. Das músicas que você escuta ao olhar pela janela do ônibus, depois de um dia fantástico em um parque que você queria conhecer há anos, com direito até a um musical de arrepiar no final. De coisas como as que eu coloquei no parágrafo acima. São elas que fazem todo o resto valer realmente a pena. Enfim, a vida é feita do imprevisível, que está totalmente previsível nos planos de nosso Pai, e eles nos dá de presente por sua graça.

   Viva a vida, viva a sua vida, que está cheia de imprevistos excelentes!
 
 


quinta-feira, 12 de abril de 2012

Não sei qual título colocar, mas vale a pena ler!


   Gente, eu levo meu trabalho secular e meu ministério na igreja muito a sério. Sei que estou muito longe de ser perfeita, tenho muito o que melhorar, mas tento me dedicar da melhor maneira possível e fazer tudo de coração.

   Nesse sentido, uma das coisas de que gosto bastante é orar por meus alunos. Em minha igreja, em especial, pego a lista do coral infantil (no qual sou uma das regentes) e da sala da Escola Bíblica Dominical (EBD) em que dou aula e oro por cada um e suas famílias (tento fazer isso semanalmente, mas às vezes falho). Mas orações gerais faço todos os dias.

    Uma das coisas que peço a Deus é algo que aprendi com uma amiga minha muito amada: que eu ache graça diante das crianças. Quero ser especial na vida delas, participar de sua linha do tempo. Claro que tudo deve apontar para Deus, mas quero que elas pensem em mim com carinho. Quero que corram para me abraçar quando me verem. Quero que abram um sorriso largo quando eu lhes der um tchau. Quero ser chamada para suas festinhas de aniversário para contar histórias (ou somente ir mesmo), para suas apresentações de balé ou teatro na escola, para comemorações especiais... E olha, todas as vezes em que sou chamada, faço questão de ir, pois para mim é um privilégio fazer parte desses momentos de suas vidas!

   Essas pequenas grandes coisas me fazem feliz. E eu peço a Deus que elas aconteçam. Não quero ser mais uma em suas vidas: quero ser alguém que deixou marcas boas, que as fez crescerem mais com Deus, que lhes serviu de exemplo na caminhada cristã, alguém com quem (e de quem) riram, contaram histórias, ouviram histórias bíblicas de uma forma divertida, compartilharam pedidos de orações e lágrimas, que faz da vida deles um pouco mais florida. Sim, eu peço. Peço sempre.

   E semana passada tive uma grata surpresa: fui convidada para a festinha de uma querida criança da igreja (que chamarei de Bel), a qual faz parte do coral e é também minha aluna na EBD. Fiquei radiante! Poxa, que coisa boa! Se ela me convidou, é porque gosta de mim! Tenho feito diferença, glória a Deus! E, além disso, é Deus respondendo minhas orações.

   Mas, no meio dessa alegria que invadiu meu coração, Deus falou comigo. Ele disse: “Lívia, que bom que ela te convidou e você está feliz. Mas a Bel é uma criança visível na igreja. Seus pais têm ministérios ativos, são conhecidos e vistos. Não quero que você deixe de ficar feliz, mas quero que você nunca se esqueça das outras. Aquelas que são criadas pelos avós e que não aparecem tanto, as que os pais não são muito agradáveis, as quietinhas e que ninguém enxerga, as que não têm muitos amigos. Quando estas te convidarem, você têm que ficar feliz do mesmo jeito. Você tem ficado? Ou só porque a Bel é mais vista você fica mais feliz? Porque ela é da “elite” você sente mais alegria?”. Uau! Será que eu sou assim? Sim... Devo admitir. Sou uma baita de uma pecadora! Não as trato diferente, mas no meu interior sim...

   Mas, ainda bem que tenho um Deus gracioso... Que me ama mesmo com este coração sujo, mas que mostra meu erro e me ajuda a mudar. Então, resolvi falar assim com Ele: “Senhor, que eu não faça acepção de pessoas em meu coração. Que a mesma alegria que eu senti com o convite da Bel se repita com as demais crianças. Quero ser especial em suas vidas, mas na vida de todas, e não só das que aparecem mais e são mais agradáveis. Deus, perdão por tantas vezes em que eu as diferenciei na minha cabeça e no meu coração. Ajuda-me a enxergar todas com carinho! Ajuda-me a enxergá-las com o mesmo amor com que o Senhor as vê. Se a igreja não faz assim, eu farei diferença vendo-as desta forma”. Amém! Amém pra você também?

   Que sejamos queridos e especiais na vida das crianças de nosso ministério, seja na igreja ou nas escolas. Que tratemos cada uma, por fora e no nosso coração, de forma também querida, especial e igual! Boa semana a todos!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Ore! Ore! Ore!


   Eu sou da Igreja Presbiteriana. E amo! É uma igreja com falhas, mas que adora o Deus perfeito. Normalmente, os presbiterianos são admirados por seu excelente conhecimento da Palavra de Deus. Em minha igreja, há muita gente assim: com grande conhecimento bíblico. E o mais legal é que Deus tem levantado pessoas com um chamado e muitos homens têm se disposto a fazer seminário. Ou seja, aqueles que já conheciam tanto da palavra, agora estão se preparando ainda mais.

   O melhor de tudo isso é que o pastor sempre permite que eles compartilhem seu conhecimento conosco. Eu acho ótimo: saio ganhando e muito, pois aprendo demais com eles. E um desses dias foi num culto de quarta. Há um irmão de minha igreja que eu admiro bastante. Tem um casamento lindo, sua esposa é fantástica (quero ser igual a ela quando eu crescer hehe), 3 filhos maravilhosos e agora é também seminarista. Gosto muito quando ele prega, sempre fala ao meu coração.

   Mas essa crônica não é sobre ele e sim sobre um comentário que ele fez durante sua pregação o qual me fez divagar... Ele disse que passamos por 4 estágios de conhecimento. O primeiro é o incompetente inconsciente, no qual não sabemos de nada e não sabemos que não sabemos de nada. O outro é o incompetente consciente, ou seja, eu não sei nada, mas sei que não sei nada. O terceiro é o competente consciente. Eu sei algo e sei que eu sei disso. E o último é o competente inconsciente: eu sei algo, mas já o faço automaticamente. Por exemplo: eu sei dirigir, mas no dia-a-dia nem penso nesse ato, só dirijo. Eu sei dirigir e o faço inconscientemente. O link super bacana que ele fez com isso é: temos que chegar num nível de oração no qual somos competentes inconscientes, ou seja, oremos por tudo, tudo mesmo em nossas vidas, e nem sintamos, é automático.

   Eu tenho uma amiga que é desse jeito. No começo, achava engraçado, mas depois pude perceber a beleza disso. Se ela queria trocar de carro, me falava: “Ai, Lívia, estou orando por isso”. Se ela queria fazer uma Pós- graduação, dizia: “Lívia, eu coloquei diante de Deus”. Uma vez ela queria que viajássemos e foi logo dizendo: “Ora, aí, Lívia. Se for de Deus, dará certo”. Tudo, tudo, tudo em sua vida ela orava! Nas pequenas e grandes coisas! E é assim que tem que ser mesmo: ore! Ore antes de ir ao trabalho, ore durante, ore depois, ore por seu dia. Se você é educador como eu, ore por cada criança sua. Fale cada nome diante de Deus.

   Eu fazia sempre isso: antes de ir à escola, dizia o nome de cada criança. Pedia proteção de Deus para que o tempo em que estivéssemos juntos fosse produtivo, eu cumprisse o plano de aula e que fosse prazeroso, que nenhuma se machucasse em sala e no parque, que ninguém batesse ou mordesse o colega, que aprendêssemos coisas novas todo dia (de conteúdo e para a vida), que nos divertíssemos juntos... Com o tempo, perdi essa prática, mas Deus me mostrou que devo continuar! Tudo deve ser levado à oração!

   Nossos amigos, familiares, alunos, terão problemas terríveis para se resolver... Muitas vezes, nossas palavras e ações, por melhores que sejam, não serão suficientes para ajudá-los... Mas nossa oração alcançará seus corações!

   Ore, pessoal, ore! E para as crianças, isso vale também: incentive-as a orar. As questões delas são importantes! Ensine-as a orar pelas provinhas que farão, pelo coleguinha com quem ela brigou, por aquele menino que caçoa dela, pelo amigo que vai se mudar, por alguma angústia e desânimo que ela esteja sentindo... Não menospreze seus sentimentos. Valorize cada pedido dela!

   Irmãos, que sejamos competentes inconscientes em muita coisa de nossa vida, mas principalmente nas nossas orações. Que levemos tudo para Deus, de tal forma que seja automático e nem sintamos! É o que oro para minha vida e para a sua!