segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Sobre casamento... O arroz!



Um dia, eu estava conversando com uma colega do trabalho que tem muitos anos de casada. Conversa vai, conversa vem, ela me disse:

- Eu acho que com os anos o casamento fica bem melhor. A gente pára de brigar por bobeira, se irritar com besteira. Fica mais leve.

Engraçado, dia desses aconteceu algo que me fez confirmar esta frase dela.

Era a semana de aniversário do meu sobrinho. Minha irmã tinha pedido para deixar os refrigerantes e sucos na minha casa.

Então, uns dias antes, eu limpei as prateleiras baixas da geladeira, deixando tudo arrumado, para assim liberar espaço.

Acontece que eu deixo o arroz na geladeira (eu deixava naqueles potes bonitinhos, até que deu caruncho, aí fiquei com medo). Não avisei meu marido do motivo de ter liberado as prateleiras. Logo, por não saber, ele mexeu de manhã cedo, colocando algumas coisas nessas prateleiras baixas, inclusive o arroz, quando foi pegar sua marmita.

Quando ele está de serviço, normalmente eu o levo até o metrô. Estávamos quase saindo quando eu abri a geladeira e vi.

Resolvi arrumar e lógico, na pressa, vocês já devem imaginar o que aconteceu: o prendedor soltou do pacote de arroz, que foi derramando na geladeira e no chão. Bem legal...

Cara, que ódio! Comecei a limpar igual uma louca, peguei a vassoura, a pá, e parece que ia era espalhando mais, meu marido tentou me ajudar, e eu briguei,  quando ele me interrompeu e disse:

- Meu bem, estou atrasado. Precisamos ir.

Parei tudo, olhei pra ele com aquele “olhar de fúria” e continuei.

Mas não por muito tempo. Desisti (já estava bem em cima da hora), emburrei e saímos.

Só que enquanto íamos para o carro e durante o trajeto, pensei: cara, fala sério. Vamos usar o cérebro:

1) A culpa não foi dele! Eu não o avisei do motivo para liberar as prateleiras. Ele só mexeu e colocou coisas lá por não saber que não podia. Não fez para me provocar nem nada disso. O que faltou aqui foi comunicação da minha parte. Quantas brigas não são causadas por isso, né? E quantas não poderiam ser evitadas?

2) Que frescura! Era só arroz... Que bobeira ficar emburrada por causa disso. Que imaturidade. A vida é muito curta para essas coisas... Mas eu confesso que tenho dificuldade com isso. Muita!

3) Na verdade, a raiz de tudo está aqui: sou escrava do que os outros pensam. Fiquei chateada porque fez a maior bagunça e eu não conseguiria limpar antes de o meu pai e irmã chegarem. Estava preocupada com o que eles poderiam pensar: casa suja? Bagunçada?  Que dona de casa é essa!

 Gente, que absurdo! Eles nunca pensariam isso!  Mas e se pensassem? O que é que tem? O que é mais importante: dar uma aparência de dona de casa perfeita aos outros, ou não brigar por bobeira com meu esposo e levá-lo ao metrô na hora? Faltou eu saber minha verdadeira prioridade. E reconhecer e me arrepender do meu pecado de medo do que as pessoas pensam.

Sabe o que aconteceu no final das contas? Eu consegui voltar pra minha casa no almoço e arrumar tudo (o que eu achava que não ia dar por ser um dia bem corrido). E minha irmã nem conseguiu vir...

Enfim, Deus me ajudou a refletir nisso em 5 minutos hehehe. Melhorei a cara, consegui despedir do meu marido sorrindo e feliz, porque se fosse no primeiro ano de casados, acho que o “burro amarrado” ia durar mais hahaha. Ainda bem que o tempo passa e a gente amadurece...

Graças a Deus que nos ajudar a superar nossos pecados e a seguir tentando imitar o exemplo de Cristo! Super beijo!