quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Deus, somente Ele!

Eu faço minhas devocionais lendo a Bíblia de Recursos para o Ministério com crianças. Na segunda epístola de Paulo a Timóteo, no capítulo 1, versículo 7, está escrito:

“Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”.

Aí, eu li aquelas anotações de rodapé, que sempre explicam melhor o versículo. Poxa, falou muito ao meu coração! Já explico o porquê...

 Como tenho pouca experiência no ensino escolar, tenho muito medo de errar, de que minha turma fique aquém das outras, de ser muito brava, de ser muito boazinha... Acho tudo difícil demais, demorado demais, não tenho facilidade com atividades manuais. Sinto-me a pior profissional do mundo, parece que tenho tanto a aprender e que não sei nada.

 Tem horas que perco a paciência com as crianças e me questiono se devo mesmo fazer algo por aquelas que são tão difíceis... Não sei se dou material para as que não têm, ou deixo os pais comprarem, pois é barato e, se eles não compram, é falta de responsabilidade (de alguns, não de todos, claro. Tem aqueles que não têm dinheiro mesmo).

Não sei se fico feliz quando saio um pouco mais cedo, ou se aproveito esses minutinhos para fazer algo de que a turma precisa. Não sei se sou rígida na cobrança de dever, para que vejam que a vida é assim, não dá pra esquecer ou faltar com suas responsabilidades, ou se entendo a situação complicada em que meus alunos vivem. Enfim, ainda não achei aquele meio termo, aquele bom senso que é essencial. Logo, muitas vezes minha postura é de covardia e desespero.

Mas o que dizia essa nota de rodapé? Dizia que o apóstolo Paulo lembrava Timóteo de que Deus deu:

1) Poder para vencer as dificuldades;

2) Amor pelos que não são dignos de amor;

3) Bom senso com o domínio próprio necessário para realizar seu ministério.

Ou seja, a chave para a resposta de minhas angústias é: Deus. Sempre Ele! É com Ele que eu devo fazer parceria, e não com minhas preocupações e ansiedades...

Ele irá me dar poder e assim enfrentarei minhas dificuldades. Ele me ajudará a amar aqueles que não são dignos (assim como eu não sou), mas precisam de amor. Ele me auxiliará a encontrar a moderação correta em minhas atividades.

Enfim, DEUS É TUDO! Ainda bem que eu tenho Ele em minha vida, e você?

Boa semana a todos!

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Meta 2

Olá! Hoje vou postar mais uma meta!


Meta 2: Encontrar o bom-senso para não reclamar da minha profissão (afinal, eu escolhi e sabia que era trabalhoso. Logo, devo arcar com as consequências), mas ao mesmo tempo não aceitar tudo e lutar para melhorar.


Eu tinha uma colega em uma escola em que eu trabalhei que falou uma frase da qual nunca me esqueci. Estávamos terminando um planejamento cansativo, em uma época cheia de coisas pra fazer, pois era feira literária, com muitos murais, sucatas, livros pra concluir... Ou seja, a cabeça estava lotada.

Essa minha colega era daquele tipo bem perfeccionista, que dá o melhor e quer fazer a coisa mais difícil possível para apresentar. Ou seja, nessa época em questão, ela tinha os motivos do mundo para reclamar. Quando perguntei o porquê de ter selecionado algo tão difícil, tão trabalhoso, ela só me disse:

- Lívia, eu escolhi ser professora. Não tenho que reclamar. Eu escolhi essa vida. Se não queria fazer isso, tinha que ter ido buscar outra coisa.

Sabe, faz sentido o que ela diz. Veja bem, não estou defendendo com isso que devemos aceitar tudo. Mas há coisas que realmente, se formos ficar reclamando, só vão nos acrescentar rugas, porque não vão mudar. Criança sempre vai dar trabalho, escola é barulhenta, é difícil lidar com professor, há dias em que tudo dá errado, feiras e festas exigem criatividade e tempo, final de bimestre é enlouquecedor, sempre teremos alunos que não fazem o dever e não querem estudar, não daremos conta de todos os problemas.

O lance é encontrar o bom-senso: não reclamar do inevitável, porque isso só irá nos desgastar... Mas também não devemos aceitar qualquer coisa. Temos que lutar por melhorias salariais, estruturas físicas adequadas nas escolas, formação de qualidade nas universidades, planos de carreiras etc. A lista é enorme.

É isso! Tenho tentado aplicar a mim mesma! Reclamo muito do que não dá pra mudar (infelizmente), mas tento me posicionar e mudar o que dá. Ainda não achei o bom-senso, estou tentando... E você?

Deus abençoe vocês!

PS: Ah, e FELIZ DIA DOS PROFESSORES! Continuem na luta, queridos!!!