quinta-feira, 12 de abril de 2012

Não sei qual título colocar, mas vale a pena ler!


   Gente, eu levo meu trabalho secular e meu ministério na igreja muito a sério. Sei que estou muito longe de ser perfeita, tenho muito o que melhorar, mas tento me dedicar da melhor maneira possível e fazer tudo de coração.

   Nesse sentido, uma das coisas de que gosto bastante é orar por meus alunos. Em minha igreja, em especial, pego a lista do coral infantil (no qual sou uma das regentes) e da sala da Escola Bíblica Dominical (EBD) em que dou aula e oro por cada um e suas famílias (tento fazer isso semanalmente, mas às vezes falho). Mas orações gerais faço todos os dias.

    Uma das coisas que peço a Deus é algo que aprendi com uma amiga minha muito amada: que eu ache graça diante das crianças. Quero ser especial na vida delas, participar de sua linha do tempo. Claro que tudo deve apontar para Deus, mas quero que elas pensem em mim com carinho. Quero que corram para me abraçar quando me verem. Quero que abram um sorriso largo quando eu lhes der um tchau. Quero ser chamada para suas festinhas de aniversário para contar histórias (ou somente ir mesmo), para suas apresentações de balé ou teatro na escola, para comemorações especiais... E olha, todas as vezes em que sou chamada, faço questão de ir, pois para mim é um privilégio fazer parte desses momentos de suas vidas!

   Essas pequenas grandes coisas me fazem feliz. E eu peço a Deus que elas aconteçam. Não quero ser mais uma em suas vidas: quero ser alguém que deixou marcas boas, que as fez crescerem mais com Deus, que lhes serviu de exemplo na caminhada cristã, alguém com quem (e de quem) riram, contaram histórias, ouviram histórias bíblicas de uma forma divertida, compartilharam pedidos de orações e lágrimas, que faz da vida deles um pouco mais florida. Sim, eu peço. Peço sempre.

   E semana passada tive uma grata surpresa: fui convidada para a festinha de uma querida criança da igreja (que chamarei de Bel), a qual faz parte do coral e é também minha aluna na EBD. Fiquei radiante! Poxa, que coisa boa! Se ela me convidou, é porque gosta de mim! Tenho feito diferença, glória a Deus! E, além disso, é Deus respondendo minhas orações.

   Mas, no meio dessa alegria que invadiu meu coração, Deus falou comigo. Ele disse: “Lívia, que bom que ela te convidou e você está feliz. Mas a Bel é uma criança visível na igreja. Seus pais têm ministérios ativos, são conhecidos e vistos. Não quero que você deixe de ficar feliz, mas quero que você nunca se esqueça das outras. Aquelas que são criadas pelos avós e que não aparecem tanto, as que os pais não são muito agradáveis, as quietinhas e que ninguém enxerga, as que não têm muitos amigos. Quando estas te convidarem, você têm que ficar feliz do mesmo jeito. Você tem ficado? Ou só porque a Bel é mais vista você fica mais feliz? Porque ela é da “elite” você sente mais alegria?”. Uau! Será que eu sou assim? Sim... Devo admitir. Sou uma baita de uma pecadora! Não as trato diferente, mas no meu interior sim...

   Mas, ainda bem que tenho um Deus gracioso... Que me ama mesmo com este coração sujo, mas que mostra meu erro e me ajuda a mudar. Então, resolvi falar assim com Ele: “Senhor, que eu não faça acepção de pessoas em meu coração. Que a mesma alegria que eu senti com o convite da Bel se repita com as demais crianças. Quero ser especial em suas vidas, mas na vida de todas, e não só das que aparecem mais e são mais agradáveis. Deus, perdão por tantas vezes em que eu as diferenciei na minha cabeça e no meu coração. Ajuda-me a enxergar todas com carinho! Ajuda-me a enxergá-las com o mesmo amor com que o Senhor as vê. Se a igreja não faz assim, eu farei diferença vendo-as desta forma”. Amém! Amém pra você também?

   Que sejamos queridos e especiais na vida das crianças de nosso ministério, seja na igreja ou nas escolas. Que tratemos cada uma, por fora e no nosso coração, de forma também querida, especial e igual! Boa semana a todos!

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