terça-feira, 4 de setembro de 2012

Uma professora muito abençoadinha em: hoje estou estressadinha!

Sabe, em minha jornada como professora, há dias em que desanimo. Falo com meus alunos do jeito que não deveria, sou menos paciente do que gostaria (e deveria) ser.

Só que, ok, sei que estou errada quando fico brava, mas, poxa, nós também fazemos tanto por eles, né? Levamos surpresa, introduzimos fração com chocolate, fazemos festinha todo mês para os aniversariantes, damos prêmios para aqueles que se destacam em diversos campos (e não só no cognitivo), inventamos gincanas, trabalhamos na escola e em casa (a contragosto de nossos maridos, namorados e pais)... Arrebentamos nossa voz, ficamos com o corpo todo dolorido, abrimos mão de muitas atividades nossas por eles, e parece que eles nem são sensíveis a isso, não dão valor a nós. Poxa, isso acaba comigo...

Hoje mesmo... Minha voz está péssima. Descobri ontem que preciso fazer terapia vocal. Estou preocupada com a saúde de minhas cordas vocais, pois, se Deus quiser, tenho uma grande caminhada pela frente como educadora. Se estou assim agora no começo, será que chegarei até o fim? Soma-se a isso a secura de Brasília, a poeira no local onde eu trabalho, a pressão de final de bimestre, relatórios, ensaios para a Festa das Regiões... Enfim, cheguei à sala, compartilhei com eles minha situação. E nada. Nada de cooperação, nada de bom comportamento. O pouco que tinha de voz foi-se embora.

Quando acabou a aula, fiquei com tanta raiva, que pensei: “Nunca mais vou trazer nada diferente para eles. Minha turma não merece. Que meninos difíceis!!!”.

Mas, na hora, Deus colocou em meu coração um versículo: "Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo coração, como para o Senhor e não para homens." Colossenses 3:23

Poxa, isso entrou bem fundo em minha alma. Sabe, nós, cristãos, somos privilegiados. Muitos professores desistem da sala de aula exatamente porque se frustram com seus alunos e a falta de interesse e de apoio deles. É, gente, é difícil. Ser professor é muito complicado, ainda mais em nossa realidade: pais despreparados, que não sabem educar seus filhos, mas ensinam-lhes muito bem seus direitos. Os deveres não. Crianças cheias de problema de aprendizagem, cheias de problemas, cheias da gente também.

Mas nós cristãos não fazemos o que fazemos pensando neles (somente). Pensamos em Deus em primeiro lugar. Não damos o nosso melhor, não levamos coisas diferentes, não procuramos formas diversas e criativas porque temos que ser os melhores funcionários. Isto também. Mas devemos pensar mesmo é em Deus.

E isso me animou. Claro que depois a raiva passa e olho pra minha turma com o mesmo amor de antes. Mas a verdade é essa: quando estiver em sala, seu foco é Deus. Quando estiver planejando, seu foco é Deus. Quando estiver preenchendo diário, seu foco é Deus. Tenha sempre isso em mente e, assim, você não irá se frustrar, pois nosso Deus, ah, Ele sim é digno de nosso melhor!



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