- Tiaaaaaaaaaaaaaa. Não tenho lápis de escrever. Me emprestaaaaaaaaaaaaaaaaaa?
Se você é professora, ainda mais de rede pública, já ouviu essa pergunta pelo menos umas 50 mil vezes. Logo, esse conto é para você...
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- Tia?
- Que foi, menino?
- Esqueci meu lápis de escrever. Me empresta?
- Ah, que novidade! Como sempre, né, Luiz Augusto. Vai, pega, todo dia é a mesma coisa! Eita, menino, eu não sou papelaria não, viu?
No dia seguinte...
- Tiaa?
- Que que é?
- Você me deu a atividade.
- Hum, e daí?
- Tem que ter tesoura.
- Eu sei.
- Então, tia, eu não tenho. Me empresta?
- Eita, eu tenho que dar tudo né, Débora Cristina? Não sou sua mãe não, menina! Aff! Vai lá pegar logo!
- Tiaaa...
- O que que é dessa vez?
- Eu também não tenho cola...
- Ah, meninaaaaaa! Eu não sou papelaria não!
No outro dia...
- Tiaaaa ...
- Hum?
- Eu não tenho lápis de cor...
- O que é que você tem, né, Rayssa? Todo dia! Se não é você, é outro. Ah, quem tem que dar material não sou eu não, menina... Eu não sou papelaria não!
Meia-hora depois...
- Tiaaaaa...
- O que foi? O que vocês querem agora? Borracha, apontador? Ahhhh...
- Me dá um abraaaaaço?
- ...
E assim recomeça a história profissional desta educadora...
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