segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

EU NÃO ENTENDO!


   Umas das coisas que eu não entendo é a atitude de algumas pessoas em viagens de avião. Esses dias estava viajando para o Rio para a formatura de uma amiga-irmã. Como estava sozinha, pude observar melhor certas coisas. Assim que fazemos o check-in, entramos em uma sala de embarque. E normalmente o assento de todos no avião já está escolhido. É aí que eu acho graça: a atendente da companhia aérea pega o microfone, avisa que dentro de instantes o embarque irá começar, um monte de gente se levanta e faz fila.    

   Gente, EU NÃO ENTENDO! Para que fazer fila?

   Meu pai é um desses, agoniado que só ele. Pessoal, o embarque não começou! Tem vezes que o povo vai para a fila, cheio de malas, coisas pesadas e fica mais de 10 MINUTOS esperando! E para que? Um lugar melhor não vai pegar, já que está tudo marcado. Por que não esperar a moça chamar para o embarque de verdade?

   Pois então, eu, como estava sem meu pai (afinal, junto com ele, tem que ir para a fila para evitar brigas), fiquei esperando sentadinha, escrevendo, lendo e só quando chamaram e tinham apenas umas 5 pessoas na fila entrei. Sem estresse, pressa ou irritação (que muitos tiveram por terem ficado esperando em pé carregando bolsas, sacolas etc).

   Aí, entrei, me sentei e olhei pela janela. Era quase 7 da noite e o sol estava se pondo. Pensei: “Caramba, que espetáculo! Irei ver o pôr-do-sol do avião! Que fera!”. E fiquei lá quase o voo todo contemplando aquela maravilha de Deus, agradecendo por ter este privilégio de presenciar algo tão belo.

    Mas eis que de repente eu olho para a frente e vejo algo assustador: um monte de gente estava com as janelas simplesmente fechadas! Pessoal, EU NÃO ENTENDO! Como assim? Como perder algo tão belo? Era só abrir a janela e só. É de graça. Para todos. Umas das coisas mais lindas que eu já vi. E muito perderam, pois estavam olhando para o encosto da poltrona da frente. Bacana. Pode?

   Sabe por que isso me aborrece? Porque é um reflexo das nossas atitudes do dia-a-dia. “Para que usar aquele creme cheiroso hoje? Ele é para um dia especial!”. E hoje é um dia especial. “Ah, não. Esse vestido só usarei em uma data importante”. E agora, este exato momento, é uma data importante. “Temos que ir para a fila do embarque, mesmo que não tenham chamado”. E assim criamos hábitos difíceis de mudar e que não levam a nada. “Para que ver este pôr-do-sol do avião? Essa luz me incomoda”. E assim perdemos belíssimos espetáculos. Por agonia, sistematicidade, ou simplesmente frescura.

   Gente, vamos mudar certas coisas. Há atitudes que tomamos que só nos trazem malefícios. E nós sabemos, mas fazemos questão de continuar com elas. Há uma frase de Einstein que gosto bastante. Não sei exatamente como é, mas ela diz que nada mais insano do que fazer sempre o mesmo e esperar resultados diferentes. Quer mudar? Então MUDE! Não quer mudar? Mude assim mesmo. É bom, de vez em quando faz bem. Quem sabe com essa você se surpreenda. Mas se ainda quiser fazer o mesmo, não tem problema. Mas me explique o porquê. Porque EU NÃO ENTENDO!

 

3 comentários:

  1. Olá querida!! Novamente entro em teu blog para te parabenizar pelas coisa belas que tens escrito. Este foi mais um bom texto que li.
    Tudo de bom!!!!

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  2. Olá professora abençoadinha? Parabéns pelo blog... belo texto... estamos numa época em que pouco valorizamos as belezas naturais que se discutinam diante dos nosso olhos (percebe-se na falta de cuidado com o nosso planeta) e esse texto valeu uma reflexão. Estou cursando Pedagogia e fico feliz em encontrar uma profª que realmente ama o que faz... pois das minhas companheiras de turma só ouço lamentações a respeito do sistema de educação, voltarei aqui + vezes... adorei a simplicidade e enormidade do significado das suas palavras parabéns mesmo... me visite www.corpodiscente.blogspot.com bjs

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  3. Olá!mudei meu endereço é www.catiamarxeducar.blogspot.com apareça bjs

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