sábado, 22 de agosto de 2015

Pagar o preço

Calma pessoal cristão reformado! Esse título não é o que vocês estão pensando, não vou ensinar a barganhar com Deus! Eu irei explicar!

Há três semanas, tive a benção de voltar a fazer algo de que gosto muito: aprender música. Eu fazia piano, mas, com as despesas e falta de tempo decorrentes dos preparativos para meu casamento, tive de parar.

Aí vieram a casa e muitas outras contas. Resolvemos esperar um tempo para as coisas tomarem seu devido lugar. Mas continuei tocando, mesmo sem aula.

Então, Deus começou a colocar em meu coração o desejo de levar para a escola um tecladinho que tenho (na verdade, é da minha prima) e tocar com meus alunos. Comecei a procurar músicas e sempre esbarrava em um obstáculo: tudo o que eu achava eram cifras, quase nenhuma partitura.

Aí, veio a ideia: por que não fazer teclado? Já aprendi tudo que minha capacidade permite no piano hehehe, quem sabe aprendendo cifras não utilizo na escola e ajudo as crianças?

Conversei com meu esposo e ele super apoiou! Comecei a pesquisar e decidi fazer na Escola de Música da Igreja Batista Filadélfia.

Na aula experimental, eu e o professor estávamos conversando e eu contando que gosto muito de música, fiz alguns anos de piano, mas não tinha facilidade, que meu tempo era curto para treinar. Ele, que toca muitooooooo, começou a me contar a sua história:

- Lívia, para eu tocar desse jeito, eu treinei muito. Eu parava só para comer. Para ficar assim, eu tive que pagar o preço.

Nossa, saí de lá e fiquei pensando: caramba, é verdade! Quem aqui não tem uma vida corrida? Quem aqui não usa aquela famosa frase “Eu não tenho tempo!” o tempo todo?

Mas, se gostamos muito de algo, temos que pagar o preço para encaixá-lo na nossa vida. E veja bem: não estou falando de orar, ler a Bíblia, devocional com Deus. Isso é fundamental e tem que estar na nossa rotina como prioridade. Estou falando de coisas de nosso lazer, que muitas vezes protelamos, tipo: aprender um instrumento, fazer um curso online de astronomia (está na minha lista, uma das minhas paixões também), aprender a costurar e fazer crochê, a cozinhar, muay thay, enfim, há tanto a se fazer!

Se realmente queremos, é preciso pagar o preço: levantar mais cedo, dormir menos, se organizar melhor, dormir mais tarde, ver menos televisão, mexer menos no celular (ixi...).

Olha, não é fácil. Sei que não faço muitas coisas comparado a muitas mulheres por aí, verdadeiras mulheres-maravilha... Ainda tenho dificuldades em conciliar meu trabalho, afazeres de casa, de esposa, academia (tristeza) e outras tarefinhas que sempre surgem. Mas tenho orado pedindo a Deus que me ajude, me dando sabedoria para administrar meu tempo, menos preguiça, menos cansaço, menos sono.

Tento me mirar nos exemplos excelentes de pessoas com quem convivo na família, trabalho e igreja: mulheres que têm filhos educados, maridos felizes, casas arrumadas, são boas em seu trabalho, se arrumam bem, enfim, conciliam tudo com muita maestria! Elas, mesmo sem saber, são minhas maiores incentivadoras a pagar o preço e me dedicar mais aos meus treinos e aprendizados. Obrigada, Deus! O Senhor pôs pessoas extremamente especiais para “cruzar” meu caminho!

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