sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Quando o recesso acaba...


Se tem uma época do ano em que eu quero muito voltar a ser criança é na volta do recesso ou das férias. Como é difícil ser adulto nesse tempo...

Entenda. Você está naquela correria louca de todos os dias.

De repente, tem alguns dias off... Aí você consegue dar atenção ao marido direito, arrumar a casa, fazer aquelas tarefas adiadas há muito tempo, terminar as suas coisas... E dá tempo de tudo e ainda sobra! Você se sente feliz, risca na agenda  as tarefas concluídas com orgulho, atinge suas metas e sorri pras paredes! E o melhor: sem se sentir atropelada por um caminhão, de frente e de ré, ao final do dia.

Mas então os dias “de folga” acabam e bate aquele desânimoooo. Você se lembra de tudo que terá que fazer, dos possíveis  problemas que virão, das raivas que vai passar... Poxa, eu gosto do que faço, mas não vou mentir: não fico pulando de alegria quando meu recesso ou férias acabam, não. Dá uma ansiedade e preocupação terríveis...

E aí bate aquela sensação: quero voltar a ser criança. Essa vida de adulto é muito difícil, não consigo lidar. É muita coisa para conciliar e eu simplesmente não dou conta. Quero voltar a não ter esse tipo de preocupação, ansiedade, dor na barriga, nervoso. Será que pode?

Não. Só tem uma saída: encarar.

O que acaba sendo bom, porque nos fortalece, nos faz mais resistentes para outras situações parecidas no futuro.

Mas enfim, voltei a trabalhar. O primeiro dia de aula acabou sendo bom, melhor do que eu pensava. Ninguém chorou com saudade de casa. Só uma chegou de “cara feia”, mas logo melhorou. E tive agradáveis surpresas:

- Ver como alguns cresceram e ficaram mais gorduchos;

- Muitos dentinhos caíram nas férias, e eles exibiam orgulhosos suas janelinhas. Amo quando isso acontece!;

- É muito legal ouvir suas histórias e novidades. E bota história e novidade nisso, nunca vi tanto assunto;

- Ganhar desenhos e abraços;

- Ver o quanto já se desenvolveram e ver que, de alguma forma, você participou disso.

É, fácil não é. Sei que terei noites mal dormidas, sono acumulado, 1 milhão de tarefas e planejamentos, passarei raiva, terei mil problemas pra resolver, ouvirei a palavra “tia” mais vezes do que achava ser possível, amarrarei um zilhão de sapatos...

Mas o jeito é enfrentar de cabeça erguida, focando na parte boa de ser professora, tentando levar essa minha profissão de maneira mais leve (na medida do possível), aprendendo a ser mais grata a Deus por ter um emprego, ainda mais nessa época de crise.

E, claro, relembrar aquilo que a gente adora esquecer, mas que sempre nos dá conforto: não estou só. Deus está comigo e me dará força e alento sempre que eu pedir. É isso que me ajuda a levantar quando o despertador toca e eu sei que terei um dia inteiro pela frente!

“lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.” 1 Pedro 5:7

“não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel”. Isaías 41:10

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