Baseado em fatos reais...
- Manhêêêê, qual o nome do meu irmãozinho?
- Ué, Vitória. Como assim? Ele já tem quase um ano e até hoje não decorou, é? Yan.
- Com Y ou I?
- Y. Sempre achei mais bonito com Y!
- Não, mãe, por que você fez isso?
- Como assim?
- Mãe, toda professora, não importa de onde, faz tudo por ordem alfabética. Só escolhe ajudante assim, só entrega prova assim. Se eu já sou sempre a última, imagina meu irmão!!!!
- Ah, filha – disse seu pai – pensa pelo lado bom. Na hora de chamar para ver quem fez o dever de casa, dá tempo de você copiar de alguém até ser sua vez hahahaha.
- Pai, isso não tem graça.
- Ok, tá certa, desculpa.
- Mãe?
- Oi.
- Tem como mudar o nome dele?
- Não, claro que não.
- Não, mãe, coloca com I, por favor! A gente vai ao cartório e conversa com o moço.
- Hahahahaha não, filha.
- Ok, então. Quando eu crescer, vou trabalhar no Ministério da Educação. E vou lançar uma campanha: “O Ministério da Educação adverte: para evitar dores, mágoas, frustrações e sentimento de culpa, coloque o nome do seu filho com I, esqueça o Y, porque assim ele não será o último em tudo”. Vou ver se assim eu mudo a cabeça dessas mães. E tenho dito!
Após este episódio, a professora passou a fazer sua escala de ajudante de forma a contemplar os últimos alunos, começando por eles. Eles, por sua vez, ficaram felizes e menos traumatizados por terem seus nomes começados pelas últimas letras do alfabeto.
Yan hojé é uma criança inteligente, feliz e está se saindo bem em sua turma. Tem 8 anos e, quando tiver um filho, pretendo colocar qualquer nome que comece com A.
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