sexta-feira, 17 de junho de 2016

Ah, como somos fofos!

Gente, um dia, eu estava vendo uma das palestras da Bel Pesce (eu recomendo fortemente! Ela é aquela menina que entrou no MIT bem novinha e hoje é uma jovem bem influente no Brasil). Aí ela disse uma frase, mais ou menos assim: Nós brasileiros somos muito fofos!

Mas deixa eu explicar. Ela não disse isso no bom sentido não. Ela quis dizer que a gente, por não querer criar um clima desagradável, acabamos sendo bem “fofinhos” para fugir do confronto.

Pessoal, isso é verdade. Eu concordo. E isso está longe de ser legal...

Uma das coisas que eu mais gosto no casamento é isso: confronto. Somos confrontados com nossos erros e pecados todos os dias. Ele é esfregado em nossa cara. E graças a Deus por isso!

É nessa que a gente melhora, reflete, vê que precisamos mudar, se molda, amadurece, ficamos mais parecidos com Cristo. Se a gente só olhasse o que o outro fez de errado, e não falasse nada, para evitar conflito, não cresceríamos. E não estou incentivando briga não, mas sim exortadas.

Lógico que na hora que somos exortados dá aquela raiva e ficamos tristes, igual diz naquele versículo: “Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça.” Hebreus 12:11

Poxa, o crescimento depois é incalculável.

Eu gosto muito do fato de ter pessoas sinceras ao meu lado. Posso citar algumas: minha irmã; minhas amigas Pri Dourado, Poly e Michelly; meu marido... Não vou mentir: dói ouvir certas coisas. Mas é necessário! Eles me ajudaram tanto ao longo dessa vida que nem sei se já agradeci o bastante...

Não estamos ajudando uma pessoa quando vemos algo que ela fez de errado e fazemos vista grossa. Com jeitinho e educação (sinceridade nunca foi e nunca será uma autorização para a falta de respeito), podemos “dar um toque” para quem amamos e fazê-los refletir.

Às vezes, temos certas atitudes que achamos super normais. Mas, quando somos confrontados, vemos que de normal aquilo não tem nada. A visão de outra pessoa, de uma outra perspectiva, abre nossos olhos.

Exemplo: eu reclamo muito. Não sabia a intensidade disso até meu marido sentar e me exortar. Fiquei indignada no dia! Pensei: ai ai, quem ele pensa que é, bobão, se acha, e blá blá blá (ai, como preciso amadurecer hehehe).  Mas aí eu vi: caraca! Eu reclamo muito, mas muito mesmo! Ele tem razão! Foi o primeiro passo para eu começar a mudar...

O que me preocupa é que, para sermos “fofos”, deixamos a pessoa no seu erro... Ou até nós, muita vezes, querendo fugir de um impasse, fazemos o errado para meio que agradar. Não tem nada de fofo nisso!

Sei que muitos não aceitarão nossas exortadas, mas aí fizemos nossa parte. Cabe a cada um ter a humildade de aceitar.

Porém, lembre-se: “prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina”. 2 Timóteo 2:4 (grifo meu). Tem que ter paciência e cuidado...

E peça o seguinte a Deus: exortar com sabedoria, orando antes, durante e depois. Falar qualquer coisa, de qualquer jeito, não surte o efeito desejado. É preciso tomar cuidado. Porque, às vezes, o que você quer falar para a pessoa é mais por implicância do que para ajudar, ou está baseado em erro.

O fato da pessoa a exortar ser nossa amiga ajuda muito. Acredito que ela ouvirá com mais facilidade e saberemos passar a mensagem da forma certa.

Em suma, o que quero dizer é o seguinte: não dá para ver o erro e não fazer nada, com medo da pessoa “parar de gostar” da gente, ou ficar com raiva, porque lhe demos uma “puxada de orelha”. Ao exortar, estamos ajudando a pessoa.

Consegui passar meu ponto de vista? Espero que sim... Se não, me dá um toque aí, pois isso me ajudará a explicar melhor hehehe.

Um beijo e bom final de semana!

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