sexta-feira, 22 de abril de 2016

A arte de emburrar 2

Sim... Confesso. Fiz de novo... Não tem jeito, é mais forte do que eu. E não foi só uma vez. Depois que escrevi o primeiro texto, aconteceram mais umas 3 ou 4 vezes. Perdão pela hipocrisia... Escrevo sobre algo e sou a primeira que preciso aplicar continuamente as lições que Deus me ensina. Estou em fase de treinamento como esposa...

A última vez foi tensa. Brigamos porque eu achei ruim um negócio que ele não pôs no lixo depois que tinha acabado; ele disse que eu podia ter feito isso em vez de brigar; eu disse que já tinha feito 1000 vezes isso, mas na milésima primeira eu cansei, por isso falei; emburrei; virei pro lado; dormi, ou seja, fiz tudoooo errado e tudo que tinha escrito no outro texto foi por água abaixo. Aprendi foi nada. E isso rendeu uma conversa extensa... E ele me falou umas coisas que eu precisava ouvir demais e quero compartilhar com vocês...

A verdade é que desde que me casei eu me “achava”. Porque sou mais organizada que ele, porque deixava as coisas mais limpas e no lugar certo, porque era mais organizada, porque deixava as coisas mais limpas e no lugar certo, e porque era mais organizada e porque deixava as coisas mais limpas e no lugar certo.

A verdade é que podia até ser nota 9 neste quesito, mas, nos mais importantes, era nota 0. Um zero bemmmm redondo e grande. Só me dei conta disso quando ele começou a falar.

Ele disse, com a calma de sempre, que ficava chateado com minhas atitudes:

“Você vai dormir emburrada, acorda assim, e o dia acaba. Já pensou se você fica desse jeito, eu saio de casa para trabalhar e acontece algo comigo? Eu vi um videozinho de uma mulher falando do marido, das coisas engraçadas que ele fazia e a irritavam e todos riam. Mas ela estava no funeral dele, na verdade, e disse ao final: `Mas eu daria tudo para ter isso de novo. Como eu sinto saudades! Agora ele não está mais aqui`. Você reclama da minha bagunça, mas ela é sinal de que eu estou aqui, vivo. Se acontecer algo comigo, não terá mais bagunça, mas será sinal de que eu também não estarei mais aqui...”

Golpe baixo. Poxa, verdadeiro, mas cruel. Meio dramático, mas verdadeiro.

Que chatice a minha de sempre ficar colocando tudo no lugar e reclamando da bagunça dele! E ainda dormir emburrada por causa disso! Por que não falar, conversar? Dizer o que sente, se resolver como uma adulta? Que besteira, ele estava completamente certo! Já pensou se realmente eu fico assim e algo acontece? Como iria ficar após isso? Sem ele, sabendo que a última vez em que nos vimos foi brigados?

Do que adianta ser boa no que não precisa, se na hora de ser uma esposa virtuosa, que é o que vale mesmo, eu não era?

Fica a reflexão... Sei que, falha como sou e miseravelmente pecadora, infelizmente irei errar novamente..

Mas acredito, e espero por isso, e oro desesperadamente todos os dias, para que a cada vez melhore mais, amadureça mais, cresça mais, e emburre menos. Antes era mestre na arte de emburrar, virei doutora, espero ser somente uma graduanda daqui uns anos...Um dia chego lá!

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