sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

X-MEN: Que professor não quer ter poderes especiais?


    Um dos meus filmes favoritos é X-Men. Poxa, eu era uma menina quando saiu o primeiro e adorava o Wolverine. Sei lá, essa ideia de poderes especiais me fascina. O tempo foi passando e continuei a gostar, acompanhando notícias na internet, comprando ingressos para a pré-estreia e vendo entrevistas e reportagens na televisão (ô, falta do que fazer!).
    Em uma destas, vi uma repórter perguntando a famosos qual dos mutantes eles gostariam de ser. Nossa, eu pensei em tudo de bacana, todos os poderes feras que eles tinham: um, se transformava em qualquer pessoa que quisesse; outro, lia a mente; tinha um que atraía metal; e aquela que mexia o que quisesse apenas com a poder da mente? Sensacional... E eu fiquei imaginando: qual desses eu queria ser? Qualquer um seria fantástico, mas nunca consegui me decidir...
    Só que o nunca durou até 2009, quando saiu o filme do Wolverine. Ele tinha uma namorada chamada Kayla e eu quase pirei quando ela revelou o seu poder especial: ao tocar em alguém, Kayla fazia com que essa pessoa realizasse o que ela dizia. Eu disse no meio do cinema: "UAU, Que tudo!".
    Como não poderia deixar de ser, já fui logo pensando na utilidade disso em uma sala de aula: “Poxa, já pensou se eu tivesse o poder da Kayla? Seria fantástico! Até o aluno que não quisesse nada com nada iria aprender!”. Nossa, me divirtia muito enquanto eu dava aula. Toda hora em que um deles brigava, batia no outro, xingava, não queria estudar nem fazer a atividade solicitada, eu pensava: “Eita, que se eu fosse a Kayla, daria um jeito rapidinho... Basta um toque, e eles fariam tudo”. Demais, certo? Eh... Inclusive, essa crônica seria, a princípio, sobre tudo que poderíamos fazer em uma escola com o poder da Kayla, mas mudei de ideia...
    Quer saber? Refletindo melhor sobre isso percebi que nós, professores e professoras, já somos sim como Kayla. Mas com duas diferenças: primeiro, nem precisamos de tocar em ninguém nem nada. Com nossas palavras e ações, alcançamos resultados incríveis. Mas sabe qual é o melhor? A Kayla faz com que as pessoas realizem o que ela quer. Nós, não. Conversamos, debatemos, ensinamos e, junto com as crianças, adolescentes, adultos, seja quem for, caminhamos juntos, sem impor nada. Não é lindo? Construímos o saber juntos!
    Queridos amigos professores: vivemos em tempos difíceis. A cada dia que passa temos tantos desafios: filhos jogados nas escolas pelos pais (os quais cabe a nós educarmos muitas vezes); alunos indisciplinados; corpo gestor nos colocando empecilhos; salários baixos; desvalorização (até por parte de quem é da Secretaria de Educação). E, para conciliar com tudo isso, temos que fazer planos de aula pensando na necessidade de nossa classe; ser sensível aos nosso educandos, ouvi-los e ajudá-los; dominar o conteúdo que ensinamos e dá-lo da melhor forma possível, despertando a classe ao aprendizado e ajudando aqueles que têm mais dificuldade, levando a frente a escola inclusiva; tudo com muito amor... E damos conta de tudo! Pessoal, isso é ou não é ter poderes mais que especiais? É de dar inveja em qualquer mutante... Somos muito melhores do que a Kayla, somos seres excepcionais: somos PROFESSORES!
    Queridos docentes, vamos nos valorizar! Os desafios são muitos, a caminhada é difícil, mas nós podemos! Temos força para isso: Deus nos dá! E com ele, ah, com Ele vamos além! Muito além!

2 comentários:

  1. Muito lindo o seu post. Não sou assim tão romântica como vc quanto à nossa profissão, mas desde que comecei a trabalhar na minha segunda matrícula, meu nível de satisfação aumentou bastante... dei a sorte de cair numa das melhores escolas da minha CRE, com colegas ótimas, uma CP que é uma mãezona e uma diretora justíssima... Estou bem contente. E o salário aumentou também, né? Isso também é motivo de satisfação :-)

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  2. Olá!
    Vi seu blog na comunidade "Amo coisas fofas"
    Tambem tenho blog!
    www.entre-elas-online.com

    beijim

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